Ainda em fase conceitual, a Kawasaki afirma que o “robô-cavalo” revolucionará a mobilidade de robôs de quatro patas.
Na Exposição Mundial de 2025, realizada em Osaka, no Japão, a Kawasaki revelou o Corleo, um conceito de robô-cavalo para transporte pessoal.
O robô-cavalo da Kawasaki, é diferente das motocicletas da empresa justamente por não se limitar a estradas e trilhas. O design das pernas do robô visa possibilitar acesso a lugares remotos e anteriormente inacessíveis.
De acordo com a Kawasaki, as pernas do robô-cavalo permitem que ele percorra terrenos íngremes devido ao seu movimento independente. O sistema, conforme a empresa, consiste em dois componentes principais: o corpo físico para transporte pessoal e uma unidade de processamento de informação.
Na computação, uma unidade de processamento de informação é parte que lida com a manipulação e transformação de dados, como uma CPU ou uma GPU (placa gráfica). Durante a apresentação, no dia 3 de abril, a Kawasaki divulgou um vídeo do robô-cavalo galopando e subindo em terrenos de alto-relevo, sugerindo uma mobilidade mais ampla. Veja:
Configuração do robô-cavalo da Kawasaki
A estrutura física do Corleo conta com sensores para o robô-cavalo perceber informações sobre o ambiente. Além disso, o robô da Kawasaki possui dispositivos chamados atuadores, que transformam energia em movimento.
Os atuadores da Kawasaki são fundamentais para o transporte pessoal do robô-cavalo. Com eles, o Corleo consegue sustentar seu próprio peso por muito tempo e ainda carregar o peso adicional do “cavaleiro”.
O principal desafio, portanto, é desenvolver atuadores de alto desempenho e eficiência energética superiores aos do Spot, da Boston Dynamics.
Em seguida, entra a Unidade de processamento do Corleo, que interpreta os dados dos sensores e executa comandos de movimentos. Para manter o equilíbrio em terrenos complexos, a Kawasaki precisará desenvolver algoritmos sofisticados para a CPU do Corleo.
Portanto, caso saia do papel, o robô-cavalo da Kawasaki terá uma das configurações mais estáveis de pernas de robôs quadrúpedes.
Em Osaka, por exemplo, a Kawasaki apresentou o conceito e um modelo de tamanho real do robô-cavalo. Mas, diferentemente do vídeo em CGI, o Corleo apenas alonga suas pernas. Veja:
Corleo: cavalo ou leão?
De acordo com a montadora japonesa, o nome Corleo vem de “Cor Leonis”, termo em latim para designar Régulo, a estrela mais brilhante da constelação de Leão. Aliás, em vez de robô-cavalo, o Corleo pode ser, na verdade, um robô-leão, segundo a Kawasaki.
“O nome é associado ao leão, a principal inspiração para o design do robô. Além disso, o termo remonta à antiga prática dos humanos, que guiavam pelas estrelas e também reflete o compromisso da equipe em criar soluções de mobilidade para sustentar o impulso humano de se mover”, diz a Kawasaki em comunicado.
Por fim, Cor Leonis também é o nome de um personagem de “Final Fantasy XV”, o jogo com maior temática cristã da franquia. “Cor Leonis”, ou “coração de leão”, representa coragem, resiliência e fé.
Por: Pablo Nogueira