Segundo um novo relatório, o governo da Coreia do Norte estaria utilizando a inteligência artificial, inclusive, em reatores nucleares
Um novo relatório aponta que o governo da Coreia do Norte está desenvolvendo uma inteligência artificial para diversos fins, inclusive militares. Ao mesmo tempo, as autoridades da Coreia do Sul afirmaram que detectaram sinais de que hackers do país vizinho usaram IA na busca por alvos de novos ciberataques.
Segundo o documento criado pelo Centro James Martin para Estudos de Não-Proliferação (CNS), na Califórnia, as sanções internacionais impostas contra o programa de armas nucleares norte-coreano podem ter dificultado as tentativas do país de proteger o hardware de IA. No entanto, eles parecem estar desenvolvendo uma nova tecnologia.
Alguns dos pesquisadores de IA da Coreia do Norte teriam, inclusive, recebido ajuda de cientistas de países aliados, caso da China. O Serviço Nacional de Inteligência dos Estados Unidos disse que está monitorando de perto a situação. As informações são da Reuters.
Uso da IA por Pyongyang
- A Coreia do Norte estabeleceu o Instituto de Pesquisa de Inteligência Artificial em 2013 e, nos últimos anos, várias empresas desenvolveram produtos comerciais com IA, segundo o relatório.
- Durante a pandemia de Covid-19, os norte-coreanos usaram a IA para criar um modelo para avaliar o uso adequado de máscaras e priorizar indicadores de sintomas clínicos de infecção.
- Cientistas do país também publicaram pesquisas sobre o uso da tecnologia para manter a segurança de reatores nucleares, acrescentou o relatório.
- O órgão de vigilância nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) e especialistas independentes disseram recentemente que um novo reator no complexo nuclear de Yongbyon parece estar operando pela primeira vez, o que significaria outra fonte potencial de plutônio para armas nucleares.
- A Coreia do Norte ainda tem utilizado o aprendizado de máquina em um programa de simulação de jogos de guerra.
- Isso revelaria intenções de compreender melhor os ambientes operacionais contra potenciais adversários, aumentando as já crescentes tensões na península coreana.
Fonte: Olhar Digital