A abertura da Copa do Mundo no Catar, neste domingo (20), marca as celebrações de um fim de ano especial para o varejo. Além dos jogos de futebol, que costumam mobilizar os brasileiros, no dia 25 de novembro haverá a Black Friday, seguida das confraternizações de fim de ano, Natal, Ano Novo e as férias de verão. A expectativa, de acordo com associações varejistas, é que o comércio turbine suas vendas entre 15% e 25%, comparado com os últimos dois anos.
Embalada pelo ritmo otimista, a empreendedora Júlia Viriato, fundadora da @CajuStoreDF, confirma que já iniciou os preparativos para o fim de ano. Segundo ela, a Copa do Mundo é um “plus” nas vendas, que já costumam ser boas nesse período. “A competição por si só tem um apelo muito forte com os brasileiros. Até quem não assiste aos jogos, gosta de comprar roupas, calçados, alimentos e bebidas para encontrar com os amigos. Junto a isso, temos o fim de ano, 13º salário e as confraternizações de trabalho”, comenta.
Júlia conta que os preparativos já começaram há pelo menos dois meses, quando aumentou o estoque de roupas que vende na sua loja. Além de moda fitness e praia, ela oferta roupas femininas e masculinas casuais. “Fiz mais viagens para comprar com antecedência e poder atender as demandas que já começaram”, revela. “Também iniciei as campanhas nas redes sociais, que são grandes aliadas para alcançar novos clientes. Com certeza será um fim de ano muito positivo para as vendas”, completa ela.
Dicas do especialista
De acordo com o gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae, Enio Pinto, é muito importante engajar o time de colaboradores e de fornecedores para esse período de festividades. “Capacitação e motivação para equipe são fundamentais para assegurar o aumento das vendas. Estabeleça políticas de compensação com maiores comissões. Todo mundo pode ganhar, a loja, os vendedores e os clientes”, destaca. “Fornecedores também precisam estar alinhados, agregando qualidade, prontidão na entrega e bom preço. Esse relacionamento precisa ser cultivado e ajustado sempre”, recomenda.
Outra estratégica indicada pelo especialista é preparar a loja para a experiência física com os clientes. Segundo ele, os consumidores que vão ao estabelecimento esperam algo a mais que o online: “As pessoas compram com todos os sentidos. Enfeite sua loja, organize as araras e produtos de forma harmoniosa. Ofereça balinhas, doces, café, água para quem entra na loja, pense em playlists alinhadas com o branding da marca. Faça com que o cliente se sinta confortável e queira voltar”.
Para os negócios que não estão diretamente ligados aos segmentos de moda, alimentação e eletrônicos, Enio, indica buscar parcerias com negócios mais alinhados à venda do período. “O chamado ‘cross-selling’ ou venda cruzada são uma boa alternativa. Se, por exemplo, a pessoa tem uma hamburgueria, pode oferecer descontos na compra em uma cervejaria parceira”, afirma.
Por: Agência Sebrae