A cidade de Zurique, na Suíça, conquistou o primeiro lugar no IMD Smart Cities Index 2024, destacando-se como a metrópole mais avançada em termos de adoção de tecnologias voltadas para cidades inteligentes. O estudo, realizado pelo Instituto de Gerenciamento do Desenvolvimento (IMD), baseou-se em uma combinação de indicadores técnicos e opiniões dos residentes para estabelecer o ranking.
Como ficaram as cidades das Américas?
Chama a atenção a ausência de cidades das Américas no top 20 do ranking. A cidade de Nova York, que representa a primeira da América no índice, aparece apenas na 35ª posição, evidenciando um desafio contínuo para as metrópoles do continente em se adaptarem aos critérios de cidades inteligentes comparadas a suas contrapartes europeias e asiáticas.
O que contribuiu para as mudanças no ranking deste ano?
Segundo Bruno Lanvin, presidente do Smart City Observatory, um dos parceiros na elaboração do estudo, a flutuação de posições, especialmente das cidades norte-americanas que haviam subido no ranking no ano anterior mas caíram em 2024, pode ser parcialmente atribuída ao ciclo eleitoral. “Em anos eleitorais, as pessoas tendem a ser mais críticas em relação às áreas que precisam de melhorias”, explica Lanvin.
Colaboração internacional e metodologia do estudo
O IMD, com sede em Lausanne, na Suíça, realizou este estudo em parceria com a WeGo (World Smart Sustainable Cities Organization), situada em Seul. A pesquisa incluiu questões sobre a confortabilidade dos residentes com tecnologias como transações sem uso de dinheiro físico, reconhecimento facial e a cessão de informações pessoais para otimizar o trânsito.
Desempenho das cidades brasileiras
No que diz respeito ao Brasil, as cidades apresentaram uma classificação mais baixa, com Brasília sendo a melhor colocada na 131ª posição, seguida por São Paulo em 133º e Rio de Janeiro em 140º lugar, entre um total de 143 cidades. Isso marca uma queda de duas a três posições em relação ao ranking anterior, com Brasília classificada na categoria C e Rio e São Paulo na categoria D, a mais baixa numa escala que vai até AAA.
Preocupações dos residentes nas cidades brasileiras
A pesquisa revelou que, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro, as maiores preocupações estão relacionadas à segurança e aos serviços de saúde, respectivamente. Já em Brasília, os serviços de saúde ocupam a primeira posição em preocupações dos moradores, seguidos pela segurança.
- Zurique (1º lugar)
- Oslo (2º lugar)
- Canberra (3º lugar)
- Nova York (35º lugar)
- Brasília (131º lugar)
- São Paulo (133º lugar)
- Rio de Janeiro (140º lugar)
Este panorama global reflete as complexidades e os diversos fatores que influenciam a capacidade de uma cidade se transformar e se adaptar às necessidades de uma smart city, incluindo as variações regionais significativas e as diferenças nas prioridades dos residentes de cada localidade.
Redação O Antagonista