Dispositivo experimental tem dois eletrodos e uma bateria, e precisa apenas de um pouco de água para ser ativado
Pesquisadores dos Estados Unidos e da Coreia do Sul se uniram para criar o WPED (sigla para Water-Powered Electronics-free Dressing), um curativo experimental cujo interior é composto por dois eletrodos e uma bateria, e, para ser ativado, é necessário apenas um pouco de água.
- Um novo curativo elétrico ativado com água pode acelerar a cicatrização de feridas em até 30%;
- O WPED (Water-Powered Electronics-free Dressing) é formado por dois eletrodos e uma bateria com um cátodo de magnésio e um ânodo de prata – separados por uma camada de celulose com cloreto de sódio;
- Ao adicionar água à celulose, o dispositivo é ativado e pode funcionar por até sete horas;
- Além da facilidade de aplicação e ativação, o curativo também permanece fixo à pele do usuário mesmo durante a realização de atividades;
- O WPED agora passa por melhorias no campo elétrico;
- Um artigo foi publicado na revista Science Advances.
A bateria do WPED é formada por um cátodo de magnésio e um ânodo de prata, separados por uma camada de celulose com cloreto de sódio. Quando a água é adicionada ao separador de celulose, os íons começam a se mover pela bateria, ativando o dispositivo.
Curativo elétrico funciona por até sete horas
Ao New Atlas, a equipe explicou que, com uma única aplicação de água, a estimulação elétrica do curativo pode funcionar por até sete horas. Uma nova aplicação garante cerca de duas horas adicionais, mas a equipe sugere que o aparelho – que custa cerca de 1 dólar – seja substituído após a primeira utilização.
Em testes com camundongos, a bandagem conseguiu curar úlceras de pele cerca de 30% mais rápido do que os curativos tradicionais. O destaque do WPED está, principalmente, na facilidade com a qual pode ser aplicado e ativado, mas os pesquisadores também pontuam que sua fixação permite que os usuários realizem atividades sem que o dispositivo saia do lugar.
“Os próximos passos incluem trabalho adicional para ajustar nossa capacidade de reduzir flutuações no campo elétrico e estender sua duração. Também estamos avançando com testes adicionais que nos deixarão mais próximos de ensaios clínicos e – finalmente – do uso prático que pode ajudar as pessoas”, diz Amay Bandodkar, coautor do estudo.
Por Ana Julia Pilato, editado por Ana Luiza Figueiredo