Você já viu nos desenhos animados: o protagonista gira os braços em uma velocidade incrível e atira algo para cima em uma altura impressionante. Pode ser qualquer coisa, uma bola, um taco de beisebol ou a equipe Rocket, mas o objeto entra em órbita espacial. E é exatamente isso o que uma máquina inventada nos Estados Unidos faz para arremessar satélites ao espaço.
O objetivo da SpinLaunch, empresa responsável pela invenção, é criar uma alternativa para lançar os satélites, que atualmente dependem de foguetes e combustíveis caros e de grande impacto ambiental. Os primeiros testes (veja no vídeo abaixo) foram um sucesso.
A ideia parece maluca. O lançamento é feito a partir de uma centrífuga e lá dentro, a carga é colocada em uma cápsula de fibra de carbono presa a uma corda e a um contrapeso.
O ar interno da engenhoca é bombeado quase todo para fora, a fim de eliminar o máximo de atrito possível. O cabo, então, começa a girar, chegando a velocidades de milhares de quilômetros por hora até que arremessa o projétil, que voa em direção ao espaço.
“É uma maneira radicalmente diferente de acelerar projéteis e lançar veículos a velocidades hipersônicas usando um sistema terrestre”, Jonathan Yaney, CEO da SpinLaunch, diz ao site americano CNBC.
“Trata-se de construir uma empresa e um sistema de lançamento espacial que entrará nos mercados comerciais com uma cadência muito alta e será lançado com o menor custo do setor”, completa o executivo.
Mas é dessa forma bastante simples que a empresa espera fazer lançamentos de foguetes custando menos de 500 mil dólares. Pode parecer muito, mas são irrisórios perto do custo atual de 50 milhões pelo uso de foguetes.
A SpinLaunch pretende construir um lançador 3 vezes maior até o ano de 2025. Com ele será possível enviar ao espaço cargas de até 200 quilogramas para a órbita mais baixa do planeta. Mas esse é apenas o começo.
A empresa já tem contratos com a NASA e o Pentágono americano e planos ambiciosos para o futuro. Eles estimam que serão capazes de realizar entre 5 a 10 lançamentos por dia através de uma sistema alimentado por energia renovável.
Fonte: Canaltech