Casa com concreto alternativo foi construída pela startup Partanna e pode capturar tanto dióxido de carbono quanto 5.200 árvores por ano
A crise climática exige um esforço de todas as áreas na preservação do nosso planeta. Foi pensando nisso que uma startup desenvolveu um concreto alternativo que suga CO2 da atmosfera. A primeira casa com a tecnologia foi entregue nas Bahamas e o objetivo é construir mais 999 delas.
Substituindo o cimento
- A startup Partanna é a responsável pelo desenvolvimento do concreto alternativo.
- A ideia surgiu da necessidade de substituir o tradicional cimento, responsável por mais de 8% das emissões globais de dióxido de carbono.
- A primeira casa entregue é um protótipo e ainda não conta com moradores.
- O projeto é uma parceria entre o governo das Bahamas e a startup.
- No total, serão construídas mil moradias, sendo que 29 casas devem ser entregues até o próximo ano.
Concreto alternativo
Os principais ingredientes usados para a produção do concreto alternativo são salmoura de usinas de dessalinização e um subproduto da produção de aço chamado escória. Segundo a Partanna, a mistura absorve CO2 do ar.
Mesmo que essa estrutura seja demolida, o material retém o CO2 e pode ser reutilizado como agregado para fazer mais do concreto alternativo. Ainda de acordo com a startup, a casa de 1.250 metros quadrados pode capturar tanto dióxido de carbono quanto 5.200 árvores por ano.
A startup Partanna foi criada pelo ex-jogador de basquete do Los Angeles Lakers, da NBA, e ex-ator de Hollywood, Rick Fox. Ele conta que teve a ideia de agir contra a crise climática após as Bahamas, sua terra natal, ser atingida pelo furacão Dorian em 2019, destruindo 75% das casas na ilha mais atingida de Abaco e deslocando milhares de pessoas.
Texto: Alessandro Di Lorenzo