A Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirmou o primeiro caso da BQ.1, subvariante da Ômicron da Covid-19, no Rio. A paciente é uma mulher de 31 anos, moradora da Zona Norte. De acordo com a SMS, ela passa bem, não está internada e está vacinada. A confirmação foi feita pelo laboratório da Fiocruz. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, provavelmente o aumento de casos de Covid nos últimos dias no Rio se deve a essa subvariante.
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A proporção dos testes de Covid-19 com resultado positivo voltou a crescer no país, acendendo o alerta dos médicos. Levantamento feito pelo GLOBO com laboratórios e farmácias do Brasil mostra que a alta durante o mês de outubro chega a até 274%. O aumento acontece ao mesmo tempo em que cresce a busca pelos diagnósticos e que novas subvariantes da Ômicron se disseminam pelo mundo.
A BQ.1 já havia sido identificada pela Fiocruz Amazônia, no final de outubro. A subvariante gera preocupação porque ela possui mutações que a ajudam a escapar da resposta imunológica. Dados do último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que ela já foi encontrada em 65 países.
A BQ.1 também está associada a um recente aumento de casos de Covid-19 nos Estados Unidos e na Europa. Países europeus como França e Alemanha, que detectaram um crescimento das subvariantes BQ.1 e BQ.1.1, observaram uma nova onda de casos da doença a partir do início de setembro, mas já vivem uma queda de 60% e 54%, respectivamente, na média móvel de novos diagnósticos em comparação com duas semanas atrás.
Nos Estados Unidos, as duas sublinhagens representam 27% das infecções. Porém, embora o ritmo de novas contaminações tenha parado de cair, segue estável com um aumento de apenas 4,6% nos últimos 14 dias. A mesma tendência é observada nos indicadores de mortes e internações.
— Se você olhar do final do ano passado para cá, toda vez que houve um aumento foi por uma introdução de uma outra subvariante do vírus. Em dezembro passado entrou a Ômicron BA.1, aumentou e caiu. Lá para maio, aumentou de novo com a entrada da Ômicron BA.4 e BA.5, mas depois caiu. É o que pode estar acontecendo agora, mas não temos certeza ainda — afirma Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury.