No palco do Conexão Contábil Nacional, que acontece em Campina Grande/PB, grandes exposições marcaram a manhã do evento deste dia 6 de junho. O primeiro painel tratou do Empreendedorismo Contábil Frente ao Crescimento do Agronegócio no Brasil, com moderação do vice-presidente administrativo do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Carlos Rubens de Oliveira. Para ampliar o debate foram convidados os painelistas Adilson Aparecido Lançoni, profissional da contabilidade e mestre em ciências; e Adilson Torres, profissional da contabilidade e professor.
Para iniciar o painel, o convidado Adilson Lançoni questionou o público de forma conceitual sobre o empreendedorismo de sucesso e apresentou mitos e verdades deste segmento na contabilidade. Para ele, todos os grandes empreendedores de sucesso possuem algo em comum, a ideia. “O que diferencia uma ideia transformada em empreendedorismo de uma comum é o seu desenvolvimento. O empreendedor nasce com uma ideia, cria um plano de negócio, executa e transforma a vida das pessoas, pois, não existe empreendedorismo sem o processo de transformação”, contou Lançoni.
Ao decorrer de sua fala, citou a quem ele considera um dos maiores empreendedores do mundo, Luca Pacioli. Considerado o pai da contabilidade moderna, “Pacioli foi o maior empreendedor contábil de todos os tempos, por meio do seu trabalho veio o método anticorrupção, utilizado hoje em dia em todas as esferas da contabilidade. Por isso, digo que nenhum empreendedor nasce pronto, mas todos nascemos com uma pré-disposição para empreender. Qualquer um pode começar um negócio, pois não existe prazo de validade para isso, mas a grande questão é que começar é fácil, difícil é sobreviver”, explicou Adilson Lançoni.
O painelista tratou das tendências produtivas no agronegócio brasileiro, em que citou um estudo e projeção realizado pelo Ministério da Agricultura e Planejamento Agropecuário para os próximos 10 anos. “Existe uma expectativa de que até 2031, a mão de obra seja substituída por tecnologias no campo, com maior eficiência produtiva, seja no manejo animal ou cultural. Devido a essas novas tecnologias desenvolvidas no agronegócio e também a uma forte concentração de capital em que acionistas visam investir mais nesta área advindas deste manejo. Até 2031, existe a expectativa que cresçam os ramos de café, soja, milho, açúcar, seguidos pelo mercado bovino e de frango. Um mercado que sinaliza ser promissor e que vem crescendo em demanda”, exemplificou Adilson Lançoni. Para finalizar a sua fala, ele abordou os desafios e das oportunidades do empreendedorismo contábil no agronegócio brasileiro.
Em seguida, o segundo convidado, Adilson Torres, iniciou a sua fala tratando da oportunidade que a área contábil possui no agronegócio. “Atualmente, nós temos um excesso de informação devido às novas tecnologias, por isso é preciso filtrar os dados que chegam em mãos. No agro isso, não está tão disponível assim, temos lugares de difícil acesso à internet, por exemplo, e temos a história de grandes empreendedores que agora estão passando por grandes desafios tecnológicos, uma época em que o agro vem sendo testado”, expôs.
O professor citou a agricultura 4.0 que traz a era digital aliada à produtividade e à informação, em um universo de grandes, médios e pequenos produtores, que estão utilizando essa tecnologia para adquirir informação de qualidade. “ É necessário, principalmente, que o pequeno e médio produtor invistam em conectividade e informação para que não fiquem para trás. Além disso, é necessário pensar na parte ambiental do seu negócio para que se possa mensurar os resultados físicos e econômicos”, contou Torres.
Na oportunidade, Adilson Torres também tratou das demandas de mercado e regulamentação ambiental, ao discutir as questões produtivas que envolvem legislação, documentação e certificação das cadeias produtivas do agronegócio.
Para finalizar, o moderador Carlos Rubens de Oliveira debateu um pouco sobre as temáticas tratadas pelos painelistas e encerrou o painel.
Para assistir o painel na íntegra, acesse o canal do Youtube do CFC. Clique aqui.
Fonte: CFC