O iemenita Hashem Al-Ghaili, que se autointitula “comunicador científico”, publicou um vídeo no YouTube mostrando como funcionaria uma gravidez no futuro. Segundo ele, o conceito utiliza uma espécie de útero artificial, capaz de gerar aproximadamente 30 mil bebês por ano.
Batizada de EctoLife, a instalação poderia dar aos pais uma ampla variedade de ferramentas para conceber e desenvolver seus filhos até que eles estivessem literalmente prontos para nascer, sem a necessidade de passarem nove meses dentro da barriga da mãe.
A ideia é que essa “fábrica” de crianças possa melhorar a taxa de sucesso de concepção, usando procedimentos como fertilização in vitro (FIV) e, sem seguida, transplantando o embrião já fertilizado diretamente para o útero artificial para que o feto se desenvolva.
Gravidez fora da barriga
O vídeo distópico mostra que tanto o crescimento, quanto o desenvolvimento do feto, poderiam ser monitorados em tempo real. Caso surgisse algum problema com a criança, os médicos conseguiriam fazer intervenções pontuais para evitar a interrupção da gravidez.
Outra “vantagem”, é que os pais simplesmente precisariam aparecer apenas na hora de levar o bebê para casa. Todo o processo de envolvimento gestacional, seria feito por meio de ferramentas como realidade virtual, feedback tátil e efeitos audiovisuais acessados diretamente em um smartphone.
Segundo Al-Ghaili, esse útero artificial seria mais seguro tanto para as mães, quanto para os bebês, já que evitaria perdas de sangue em excesso durante partos complicados, ou outros problemas envolvendo uma gravidez de risco e malformações congênitas.
Apenas um conceito
No vídeo, Hashem Al-Ghaili deixa claro que a EctoLife não é uma empresa real e muito menos uma organização de pesquisa científica, capaz de oferecer um serviço como esse nos próximos dez anos. Em vez disso, ele quis demonstrar um conceito que, no futuro, pode se tornar realidade.
Outro ponto abordado por ele são as discussões sobre o uso da ética em uma tecnologia em que os pais teriam total controle para “ajustar” múltiplas características físicas de um filho que ainda não nasceu, podendo levar a um corrida insana por um “bebê perfeito”.
Al-Ghaili termina o vídeo dizendo que essa tecnologia, apenar de tudo, seria uma benção para mulheres que não conseguem ou têm dificuldade para engravidar naturalmente, principalmente para aquelas com problemas genéticos de família ou com histórico de abortos espontâneos.
Fonte: Interesting Engineering
Por: Gustavo Minari