Para aqueles que são amantes do automobilismo e da alta velocidade, o Kart é um esporte que vale a pena acompanhar. A ideia surgiu em meados dos anos 50, após a Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos. No Brasil, existem muitos campeonatos voltados para o kart. São mais de 40 kartódromos homologados pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) que recebem provas oficiais em campeonatos.
O Kartódromo Municipal de Várzea Grande (KCVG) oferece uma estrutura preparada para quem busca pelo esporte apenas por hobbie ou para as pessoas que tem interesse em participar de competições.
O consultor financeiro do Kartódromo, Salomão Cezar, conta que começou no kart apenas como uma diversão de final de semana, em seguida passou a participar de campeonatos e no ano de 2023 assumiu a gestão financeira do local. Segundo ele, os campeonatos estaduais realizados no Kartódromo de Várzea Grande são regulamentados pela Federação de automobilismo do estado de MT (Faemt) que é filiada à CBA.
“Nós organizamos toda a estrutura do evento. Esse ano aumentou bastante a presença de pilotos. A 3° etapa do campeonato estadual de 2023 aconteceu no dia 29 de abril. Abril é o mês oficial de conscientização do autismo, por conta disso o evento também foi uma homenagem aos pilotos autistas. O troféu será com o símbolo utilizado que representa a comunidade autista. Queremos ajudar a divulgar a causa e torná-la mais conhecida. Inclusive nós temos um piloto, o Dimitry Fernandes Kalinowski, que também é neuro divergente”, relata. O símbolo do autismo representado pelo infinito, também conhecido como logotipo da neuro diversidade, foi criado por pessoas neuro divergentes.
O espaço segue inúmeras regras já estabelecidas nacionalmente. “Nós seguimos todas as regras nacionais, ou seja, a forma que nós competimos aqui é a mesma de outros estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, etc. Existem algumas outras regras básicas, como por exemplo a potência de motor e o peso mínimo. O peso geralmente é uma das principais dúvidas das pessoas, mas existe um peso mínimo da categoria onde é contado todo o conjunto, o kart e o piloto trajado. Existe a categoria cadete que é para as crianças. Ver as crianças de 6 ou 7 anos andando de kart é bonito de ver, fora que a família toda vai para aplaudir. Só quem está lá mesmo para entender. Nós, do kartódromo, damos bastante atenção para essa categoria porque ela é a base do esporte”, afirma.
Em relação a segurança, Salomão conta que também existem passos a serem seguidos. “Tratando-se de segurança, nós seguimos o regulamento nacional. Um item básico, por exemplo, é a presença de uma ambulância. Não pode acontecer uma competição sem uma ambulância no local. As crianças utilizam um protetor cervical no pescoço e o evento também possui alvará de liberação”, diz.
Aos interessados em conhecer o esporte, é possível visitar o local e se associar ao clube, dessa forma, é possível correr sempre que houver interesse. “As pessoas ainda têm uma visão do kart como um esporte caro. No passado de fato era mais caro por conta das categorias de motores, mas hoje em dia já está mais acessível. Não é só a quantidade de pilotos que têm crescido, mas a estrutura do evento também. Nós realizamos um evento para toda a família”, comenta.
Salomão finaliza dizendo que a presença da tecnologia é responsável pela redução nos custos do esporte. De acordo come ele, devido a inovação tecnológica, hoje é possível atingir uma potência de motor alta, mas com um custo menor.
Texto: Victória Oliveira
