quinta-feira,21 novembro, 2024

Como são os táxis voadores que irão operar em Paris durante as Olimpíadas

Atualmente, o governo francês e a prefeitura de Paris estão em conflito por conta da autorização de funcionamento para os veículos

O governo francês e a prefeitura de Paris estão em pé de guerra antes do início dos Jogos Olímpicos. O motivo é a autorização federal para que “táxis voadores” operem na capital durante o evento — a administração municipal planeja recorrer da autorização, já que acredita que as 18 hélices do equipamento causarão uma poluição sonora acima do aceitável, além da emissão de gases poluentes.

Como são os táxis voadores?

Os equipamentos que entrarão em teste durante as Olimpíadas são fabricados pela empresa alemã Volocopter.

Em teoria, o equipamento é semelhante a um helicóptero, mas possui 18 hélices e pode fazer um trajeto para as cidades da região metropolitana em questão de poucos minutos. O veículo comporta duas pessoas — um piloto e um passageiro — e é elétrico.

Segundo informações disponíveis no site da empresa responsável pela criação, o VoloCity já fez mais de 2 mil voos-testes. No futuro, a empresa espera que o VTOL consiga realizar voos 100% autônomos.

Atualmente, o táxi voador consegue voar até 35 quilômetros de distância, com uma velocidade máxima de 110 km/h.]

A Volocopter está tentando obter a certificação necessária da Agência da União Europeia de Segurança de Aviação (EASA) para combater os argumentos de que o seu funcionamento gera poluição sonora acima do aceitável, aumentando a emissão de gases do efeito estufa e o uso de energia.

Durante a vigência do teste, os VTOLs poderão realizar cerca de 800 voos. Depois de Paris, a empresa alemã espera expandir a operação para países como Itália, Japão, e NEOM, a cidade planejada ainda em construção na Arábia Saudita.

O Aeroporto de Paris é um dos coordenadores do projeto e disponibilizou um heliponto no Rio Sena — o Vertiport de Paris-Austerlitz— para os pousos e decolagens das aeronaves. Apenas VTOLs poderão operar na região.

Segundo o ministro dos transportes francês, Patrice Vergriete, a operação durante os Jogos é um teste e o governo irá analisar os impactos dos voos e o custo-benefício da iniciativa para, eventualmente, agregar a opção como um meio de transporte urbano.

Por Jasmine Olga

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