Desde o armazenamento até o uso dos aparelhos em si, pequenos hábitos podem prolongar a vida útil do item

Apesar da chegada de novas e diferentes tecnologias a cada ano, ainda não se foi o tempo das pilhas: usadas para alimentar controles remotos e outros aparelhos portáteis, como câmeras e lanternas, o adereço tem boa durabilidade.

Porém, quem usa sabe que a fonte de energia não dura para sempre e, uma vez usada totalmente, não pode ser reaproveitada. Assim, maximizar a vida útil das pilhas é essencial na hora de economizar o recurso e minimizar seu descarte, que também é prejudicial ao meio-ambiente.

A primeira estratégia para prolongar a durabilidade das pilhas é entender o seu funcionamento. Douglas Muniz, especialista em pilhas e gerente de produto da Elgin, explica que cada tipo de pilha possui durabilidade e aplicações distintas, devido às suas características particulares de composições químicas.

“As pilhas alcalinas e recarregáveis têm o mesmo tipo de aplicação. Devido à sua composição química, elas são mais apropriadas para aparelhos que consomem mais energia e de forma mais rápida, como brinquedos, flashes de câmeras fotográficas e consoles de games,” pontua. “Por outro lado, as de zinco ou comuns são mais apropriadas para aparelhos que consomem menor energia, como relógios de parede ou controles remotos.”

No caso das pilhas recarregáveis, elas possuem uma durabilidade maior – e, também, mais custo. Elas podem ser reutilizadas por até 1.000 ciclos de carga e descarga, enquanto as alcalinas são usadas apenas uma vez, mas já são vendidas prontas para o uso.

Dessa maneira, é sempre importante seguir as recomendações de tamanho e tipo de pilha especificados pelo fabricante do dispositivo.

Entre as variedades de pilha, as recarregáveis se apresentam como uma opção mais sustentável, já que duram quase 1.000 ciclos de carga e descarga — Foto: Unsplash / Roberto Sorin / Creative Commons
Entre as variedades de pilha, as recarregáveis se apresentam como uma opção mais sustentável, já que duram quase 1.000 ciclos de carga e descarga — Foto: Unsplash / Roberto Sorin / Creative Commons

Além disso, a posição e o alinhamento dessas pilhas influenciam também na durabilidade. “Certifique-se de colocá-las adequadamente no dispositivo, com os terminais + (positivo) e – (negativo) dispostos de modo correto,” instrui Douglas. “Outro ponto de atenção são os equipamentos com mais de três pilhas: eles podem parecer funcionar direito mesmo que uma delas seja inserida incorretamente, mas isso pode causar danos ao equipamento.”

Cuidados como desligar dispositivos quando não estiverem em uso, ajustar as configurações de brilho e som para níveis mais baixos e desativar recursos desnecessários também podem contribuir para a uma maior durabilidade das pilhas. Afinal, a carga do aparelho está ligada diretamente à forma de uso, intensidade e frequência dos aparelhos que alimenta.

“Após o uso do equipamento, é ideal retirar as pilhas, certificando que elas estão desconectadas – alguns equipamentos continuam consumindo em modo standby,” instrui Luciano Lima, gerente de marketing de pilhas e baterias da Panasonic Brasil.

O profissional também sugere que pilhas novas não sejam instaladas com outras usadas no mesmo equipamento. Assim, sempre que trocadas, elas devem ser retiradas em par ou conjunto, conforme indicado no aparelho.

Outro fator que pode ajudar na preservação dessas pilhas é armazená-las de modo correto: em ambientes fechados, sem ventilação ou luz solar. Deixar elas em aparelhos que estiverem sem uso por tempo prolongado também pode prejudicar. Nesse caso, o ideal é removê-las do dispositivo.

“As pilhas comuns são conhecidas como primárias – ou seja, não podem ser recarregadas. Então, soluções caseiras, como colocar a pilha no congelador, não recuperará a carga do produto,” aponta Luciano. Assim, uma vez consumidas, essas baterias alcalinas devem ser corretamente descartadas.

Texto: Casa e Jardim