A aprendizagem por comunidade tem como objetivo principal reunir pessoas com um problema em comum para que juntas, cada uma com seus conhecimentos e experiências, possam desenvolver uma solução ou aprimorar habilidades que solucionem a questão abordada.
O conceito por si só é muito fértil e convidativo para ser utilizado no ambiente corporativo, uma vez que inicialmente, uma empresa por si só é uma comunidade. O conceito de comunidade vem do princípio de que um grupo de pessoas compartilham algo em comum. Entretanto, dentro de uma mesma empresa, o conceito de comunidade pode ser trabalhado de forma ainda mais pontual e específica, especialmente tratando-se do tamanho da corporação e de seu headcount.
Diversos grupos de comunidade podem ser classificados dentro de um mesmo departamento ou entre áreas e departamentos, desde que compartilhem o mesmo objetivo, ou seja, trabalhem com o senso de comunidade para seu desenvolvimento pessoal ou profissional. O fato de reunir pessoas de diversos departamentos e áreas traz neurodiversidade de pensamentos para a comunidade, o que enriquece ainda mais o processo de ensino-aprendizagem.
Digamos, por exemplo, que uma empresa tem como objetivo expandir sua omnicanalidade. Em um projeto como esse, será necessária uma série de competências e habilidades distintas, desde as relacionadas a tecnologia, Inteligência Artificial, relacionamento com clientes, conhecimento técnico sobre produtos e serviços, assim como processos operacionais, comerciais, financeiros, contábeis e tributários de uma empresa.
Por isso, a reunião do desenvolvimento do projeto considerando uma comunidade diversa de especialistas, cada um com sua bagagem e conhecimento profissionais, dentro de sua área de atuação, mas que seja uma peça importante para o desenvolvimento desse projeto, torna-se mais proveitosa e inteligente para a empresa.
Mais do que ter um setor ou uma pessoa responsável especificamente por processos de inovação, o importante é trazer essa cultura de colaboração e inovação para a rotina da empresa. Desta forma, todos colaboram mutuamente para o desenvolvimento dos demais e na companhia como um todo.
Por: Roberta Andrade é diretora de Educação Corporativa e sócia da One Friedman