terça-feira,26 novembro, 2024

Como entrar no metaverso?

“Metaverso” é o termo mais popular para definir a web 3.0. O conceito envolve ferramentas como blockchain, Internet das Coisas (IoT), realidade aumentada (RA), realidade virtual (RV), inteligência artificial (IA), games e modelagem tridimensional (3D) para proporcionar uma vivência imersiva que funde os mundos físico e digital.

“O metaverso é a internet que cria espaços virtuais tridimensionais ou ocupa os espaços físicos atuais com objetos virtuais”, afirma Cauê Dias Silva, gerente de inovação da NTT DATA Brasil. Até 2030, esse novo setor pode movimentar US$ 13 trilhões, de acordo com um relatório do Citi.

A seguir, saiba tudo o que você precisa para entrar no metaverso.

Quais plataformas de metaverso existem?

Metaverso proporciona imersão coletiva no mundo digital. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O metaverso em si ainda não existe, mas vários aplicativos funcionam como uma porta de acesso para uma experiência inicial. “Assim como aconteceu com a internet, o metaverso não será exclusivo de uma plataforma; cada uma terá uma proposta de interação específica”, diz Rodrigo Arnaut, pesquisador do @esconderijoHUB.

Alguns games são chamados de metaverso por uma estratégia comercial, mas ainda precisam evoluir para serem considerados plataformas dentro desse novo ambiente.

As soluções mais conhecidas e que estão mais avançadas em relação à proposta conceitual da tecnologia são:

  • Second Life — lançada em 2003, é uma das plataformas mais antigas e de maior sucesso em operação, com 500 milhões de usuários ativos mensalmente;
  • Horizons — criada pela Meta (antigo Facebook) no fim de 2021, já alcançou 300 mil usuários, porém ainda não está disponível no Brasil;
  • Virbela — plataforma fundada em 2012 por um grupo de psicólogos, voltada para educação e eventos corporativos;
  • Mozila Hubs — plataforma open source lançada em 2018 para estimular as indústrias a usar a RV para elevar a produtividade;
  • SaaSDE — plataforma corporativa criada no fim de 2020 por uma startup brasileira com um sistema de navegação similar ao Mozila Hubs;
  • VRChat — surgida em 2017 como um game, popularizou-se por oferecer um sistema de navegação em realidade virtual (VR) com acesso fácil;
  • Decentraland — lançada dentro da blockchain do ethereum em 2017, é gerida por uma organização autônoma descentralizada (DAO).

Quando o metaverso estiver em operação plena, avatares e outros produtos de cada plataforma, como tokens não fungíveis (NFTs), serão interoperáveis entre os diferentes ambientes, criando um universo único.

Como entrar no metaverso?

O gêmeo digital é uma representação virtual de uma pessoa ou de um objeto físico. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Uma conexão estável de internet, com velocidade acima de 50 MB e um dispositivo de acesso são suficientes para quem deseja descobrir como entrar no metaverso.

A maior parte das plataformas existentes permite que a navegação seja feita por sistema desktop, mas algumas podem ser acessadas por tablets e smartphones, como Mozila Hubs e SaaSDE. Algumas soluções exigem óculos virtuais exclusivos, a exemplo da Horizons, que só funciona com o óculos de VR Quest2.

Quem quiser experimentar o metaverso de forma mais imersiva precisa de uma configuração mais potente. Conexão de acima de 100 MB, computador com processador a partir de i7, memória de acesso aleatório (RAM) superior a 32 MB, placa de vídeo para games e headsets de realidade virtual são recomendados.

Quanto custa entrar no metaverso?

Em geral, as plataformas de metaverso adotam o mesmo modelo de negócio das redes sociais, oferecendo acesso gratuito aos usuários. Algumas funcionalidades e ativações são pagas, como skin de avatares, terrenos, cenários e outros itens customizados.

“A maioria atividades está em torno da socialização, sem precisar estar ligada diretamente a um ganho financeiro”, diz Thiago Quadros, pesquisador do @esconderijoHUB. Entretanto, a negociação de NFTs e outros criptoativos é um grande atrativo desse ambiente.

Para as empresas que querem construir experiências 3D, os custos podem variar de milhares a milhões de reais. “O valor depende do refinamento visual e da infraestrutura necessária para a experiência”, afirma Silva.

Vale a pena investir?

O metaverso ainda é muito novo, mas já oferece algumas opções de investimento, como a compra de ações de empresa do setor, mas é preciso ter cautela. A tecnologia tem sido apontada como a forma mais natural de interação entre humanos e máquinas e “há uma tendência muito forte e inevitável no uso dos recursos oferecidos a todas as indústrias”, segundo Silva.

As incertezas ainda são muitas e o investidor precisa entender como funciona esse novo ambiente antes de aplicar dinheiro nele. “Ainda é cedo para afirmar qual será o futuro do metaverso e de fato a principal engrenagem econômica da plataforma”, analisa Quadros.

No entanto, isso não significa que o investidor deva ficar alheio e desconsiderar o contato com a tecnologia. “É importante interagir dentro dessas comunidades para descobrir as novas oportunidades de negócio”, diz Arnaut.

Por: E-INVESTIDOR

Redação
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