segunda-feira,25 novembro, 2024

Como a nova fase da internet pode mudar a indústria da música

A pouco tempo presenciamos uma mudança muito abrupta na forma em que consumimos músicas. Tivemos a época do vinil, do CD, walkman, mp3 player e com a chegada do Spotify o mercado da música começou a tomar uma forma diferente.

Antigamente você não tinha como escolher o que queria ouvir. Estava limitado aos discos que as lojas vendiam na sua região e, geralmente, só tinham discos considerados mainstream.

Depois veio os programas de torrent, como LimeWire e Emule, mas além de você correr o risco de pegar um vírus, fazer o download de uma música era o mesmo que contribuir para a pirataria continuar acontecendo.

Com a chegada do Spotify e de outras plataformas de stream de áudio, um mundo novo surgiu. De repente você obteve acesso a qualquer música que quisesse, independente da localidade do artista ou do estilo musical.

Os problemas que surgiram com o streaming

Apesar dessa revolução ter ajudado a minimizar a pirataria e dar aos artistas um novo palco (digital) para conquistarem novos fãs, a forma de distribuição de receita pelas plataformas de streaming não é considerada justa por muitos deles, uma vez que o valor pago pela assinatura não é destinado proporcionalmente aos artistas que o usuário ouve.

Por exemplo, imagine que 95% das músicas que você ouve são de um único artista independente, como o Froid (artista independente do gênero Rap brasileiro). Seus hábitos de escuta não são refletidos nos pagamentos do Spotify ao artista. Por exemplo, 95% do valor pago pela sua assinatura não vai para o Froid, mas é colocada em uma pool de receita e depois dividida com base em um sistema de streamshare da plataforma, com uma parte considerável de sua assinatura indo para os artistas mais populares, como Anitta, Drake ou The Weekend.

Uma das brigas mais famosas entre artistas e plataformas de streaming foi o caso da cantora Taylor Swift vs. Spotify. Inclusive recomendamos a série The Playlist do Netflix, que conta a história do Spotify de diferentes ângulos, principalmente o ângulo do artista independente.

Outro problema é que a indústria da música ainda é muito formatada no modelo “Web2”, ou seja, poucos players detém a maior concentração de poder e recursos, dificultando a vida de artistas independentes. As três maiores gravadoras (Sony, Universal e Warner) ainda ditam as tendências musicais no mundo inteiro.

Olha a Web3 chegando para mudar o jogo!

A descentralização de recursos provocada pela Web3 se estende à indústria da música de várias formas, visando solucionar estes problemas mencionados. Podemos citar 3 principais exemplos de soluções que estão surgindo:

#1 Music Tokens
Todo mundo tem um artista favorito! Já pensou se você pudesse investir nesse artista e lucrar parte dos seus royalties? Muitos artistas já estão transformando suas músicas em tokens através de plataformas como a Klave https://klave.me e permitindo que fãs invistam nas suas carreiras em troca de um percentual sobre os seus royalties.

Com isso o artista deixa de depender das clássicas plataformas de apoio (doação) e passa a ter o fã como um investidor e participante assíduo na sua carreira, sem ter que se submeter a uma grande gravadora para buscar investimento.

#2 Shows e experiências no metaverso
Fazer shows no metaverso, além de quebrar as barreiras geográficas de um show físico, também ajuda a aproximar o artista do fã, criando um senso de comunidade e permitindo experiências únicas.

A Animal Concerts, criadora do token $ANML, é uma das empresas que está à frente desta disrupção no mercado da música Web3. Diversos artistas como Snoop Dogg, Alicia Keys e Busta Rhymes já passaram por lá.

#3 Plataformas descentralizadas de streaming

A indústria da música é cheia de intermediários que acabam ficando com um bom pedaço dos lucros dos artistas, como é o caso das distribuidoras e das associações musicais.

A plataforma Audius.co, criadora do Token $AUDIO, vem tentando fazer frente ao Spotify, permitindo que artistas transformem suas músicas em NFTs, sem intermediários, e recebam criptomoedas a cada “play” por meio do seu aplicativo mobile.

Conforme a Web3 se desenvolve e a adoção em massa dessas tecnologias aumentam, novas oportunidades surgem para melhorar um setor que atualmente é muito centralizado e cheio de intermediários. O horizonte que surge é um mercado menos centralizado, com mais liberdade autoral para os artistas e mais justo em termos de remuneração.

Aqueles artistas que arriscarem ser a linha de frente dessa nova onda de mudanças estruturais poderão ser lembrados na história da Web3 e da música.

Por: Alma DAO

Redação
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