A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que está se tornando cada vez mais presente em nossas vidas e não apenas para aplicações corporativas ou de educação. Ela auxilia na saúde em dispositivos vestíveis, como smartwatches que monitoram batimento cardíaco, nível de oxigênio no sangue e, atualmente, até o nível de diabetes. No entretenimento ela está cada vez mais presente também, inclusive em nossas smart TVs.
Mas como ela funciona para nos ajudar a assistir nossos conteúdos preferidos? Primeiro vamos definir o que é IA: apesar de um conceito amplo, podemos dizer que é a capacidade que as máquinas têm para simular o raciocínio humano e, portanto, podem aprender a executar tarefas ou funções de forma cada vez melhor e até resolver problemas por si só com o “aprendizado” contínuo.
Para deixar mais claro, nada como um bom exemplo prático: serviços de streaming, como Netflix, usam a IA para “entender” o perfil da pessoa que usa esse serviço. E assim ela acumula um conhecimento sobre quais gêneros de filmes pode recomendar. Dessa maneira, o repertório recomendado se torna muito mais atrativo para o usuário.
Mas, em uma smart TV, a IA vai muito além disso. Ela trabalha para executar muitas funções de ajustes automáticos de imagem e áudio, sem intercorrência do usuário. Isso é feito por meio da utilização de algoritmos de aprendizado de máquina que analisam o conteúdo de vídeo e áudio para ajustar automaticamente as configurações da TV. E, para nós, telespectadores, basta desfrutar do melhor conteúdo possível ajustado pela IA.
Para dar um exemplo, uma das funções de IA do chip Pentonic 2000, da MediaTek, utilizado na maioria das Smart TVs, utiliza IA para analisar e aplicar efeitos de High Dynamic Range (HDR) em tempo real nos conteúdos para fornecer mais brilho e cores vibrantes, sem que o usuário precise ajustar manualmente.
A inteligência artificial também é utilizada para reduzir o efeito de arrasto ou borrão entre cenas mais rápidas, suavizando a transição de movimento e fornecendo maior imersão e conforto para os olhos. Na parte de configuração de áudio a IA também ajuda muito. Os recursos incluem aprimoramento de graves, redução de ruídos e ajustes de equalização.
Além de obter os melhores ajustes para áudio e imagem, inclusive compatíveis com tecnologias Dolby Vision e Dolby Atmos, a IA transforma sua TV em um controle de dispositivos domésticos inteligentes — o que é chamado de IoT (Internet of Things, ou, Internet das Coisas, em português). Ela se torna uma central de comando de casa conectada.
Isso possibilita que o usuário controle não apenas funções básicas, como ligar e desligar, mas os principais recursos de todos os dispositivos da casa, como lâmpadas, caixas de som e eletrodomésticos inteligentes, como a temperatura do ar condicionado, o tempo que a máquina de lavar vai ficar ligada, o ventilador de teto, entre muitos outros. E todos os comandos para esses eletrodomésticos são feitos pelo controle remoto da TV, ou pelo app do celular, o que é ótimo para se livrar de todos os outros controles.
E ainda podemos citar que as smart TVs também são compatíveis com assistentes pessoais, como Alexa e Google Assistente, por exemplo. E, nesse caso, nem precisamos apertar botões. Basta dar o comando por voz pelo controle remoto.
Esses são apenas alguns exemplos dos recursos de inteligência artificial disponíveis nos chips de Smart TVs atuais. Com o avanço contínuo da tecnologia, podemos esperar ainda mais recursos de inteligência artificial que transformarão a forma como interagimos com nossas TVs e outros dispositivos domésticos.
Por: Samir Vani