Cada vez mais grandes marcas têm apostado em sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (Environmental, Social and Governance), ou seja, ESG. Mais do que isso, as empresas buscam identificar a percepção dos consumidores a respeito dessas iniciativas.
O McDonald’s, por exemplo, gigante do fast food, inaugurou recentemente uma unidade em São Paulo, focada exatamente na sustentabilidade. Com uma estrutura de madeira, o local reúne soluções como composteira para auxílio na gestão de resíduos orgânicos e frota elétrica para abastecimento.
Primeiramente, o restaurante integra um programa em parceria com a startup social Comida Invisível, de redução de desperdício nas cozinhas do McDonald’s.
Ademais, a empresa também tem trabalhado com ações de rastreabilidade do gado e produção da carne. Neste ano, por exemplo, ela alcançou 99,92% de fornecedores em conformidade com sua Política de Abastecimento de Carne Livre de Desmatamento.
Moda
Além disso, da moda o ESG não poderia ficar de fora. A espanhola Zara também inaugurou sua nova flagship. Com 2 mil metros quadrados, a loja no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, traz princípios de sustentabilidade e de inovação.
A nova flagship oferece provadores digitais com contagem automática da quantidade de peças, indicação de cabine livre para uso,
caixas específicos para o recebimento de devoluções e caixas de autoatendimento.
Outro destaque para a sustentabilidade na Zara são os sistemas eficientes de refrigeração, iluminação LED e uso de materiais mais sustentáveis. Além disso, toda a madeira usada na loja, assim como produtos de papel, sacolas e etiquetas, possuem certificações florestais internacionalmente reconhecidas.
A marca também desenvolveu internamente um manual de loja ecoeficiente, que define os padrões de design, construção e gestão para reduzir seu consumo energético e de água.
ESG
De acordo com o levantamento ESG Consumer Index, apresentado pela Lew’Lara\TBWA e realizado pelo DCODE Consumer Insights, o ESG veio mesmo para ficar. Os números avaliam ações de 200 marcas junto a 2,5 mil respondentes, isto é, 500 a mais do que em 2022. Os indivíduos entrevistados vêm das classes A, B e C, espalhados nas cinco regiões do Brasil e refletindo a demografia brasileira.
A análise de 2022 era composta por 160 marcas. As mais bem-avaliadas no estudo foram: Colgate, Coca-Cola, Google, Havaianas, Natura, Nestlé, Nubank, O Boticário, Samsung e Ypê, colocadas na lista em ordem alfabética.
Em relação a categorias, o destaque vai para o crescimento da percepção dos setores de beleza a personal care. De acordo com a Lew’Lara\TBWA, isso se deve a um aumento de comunicação dos produtos de limpeza, bem como maior preocupação com a saúde e bem-estar.
Impacto na escolha
Um levantamento feito pelo The ESG agenda for retail and consumer businesses, da KPMG, aponta que as práticas ambientais e sociais de uma empresa impactam na escolha dos consumidores na hora de ir às compras.
O relatório destaca 4 principais tendências de consumo e varejo que precisam ser priorizadas para impulsionar o sucesso sustentável: analisar modelos de negócios e parcerias; repensar o custo de fazer negócios; articular claramente o propósito;
e alterar o comportamento do cliente.
Para se ter uma ideia, em 2022, o varejo no Brasil somou um faturamento superior a R$ 1 trilhão.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) – ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura
Texto: JOHANN GERMANO