Premiação busca promover diversidade, pluralidade e participação de mulheres em carreiras de C,T&I, além de fortalecer equidade de gênero

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), criou um novo prêmio para homenagear pesquisadoras que se destacam por sua trajetória científica: o Prêmio Mulheres e Ciência, que terá seu primeiro edital lançado nas próximas semanas.

O prêmio tem como objetivos principais promover a diversidade, a pluralidade e a participação de mulheres nas carreiras de ciência, tecnologia e inovação, além de fortalecer a equidade de gênero e premiar mulheres pelo reconhecimento do valor de suas pesquisas e outras atividades de aplicação de conhecimentos e de tecnologias. São parceiros da iniciativa o Ministério das Mulheres, o British Council e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF).

“Instituir um prêmio dedicado às mulheres na ciência é reconhecer e valorizar a contribuição fundamental delas para o avanço do conhecimento. Com essa iniciativa pretendemos não só destacar trajetórias inspiradoras, mas também estimular a inclusão, a diversidade e a excelência essenciais para o desenvolvimento científico e tecnológico do país”, afirma a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

A expectativa é premiar pesquisadoras de cada uma das três grandes áreas do conhecimento (Ciências da Vida, Ciências Exatas, da Terra e Engenharias e Ciências Humanas, Sociais, Letras e Artes) em duas categorias: Estímulo, para pesquisadoras com até 45 anos de idade; e Trajetória, para cientistas a partir dos 46 anos de idade. Além dessas, o prêmio terá ainda a categoria Mérito Institucional, para agraciar até três instituições de educação superior ou institutos de pesquisa com ações relacionadas à indução de políticas de igualdade de gênero.

Primeiro prêmio novo criado pelo CNPq desde 2011, o Mulheres e Ciência foi aprovado final do mês de setembro pelo Conselho Deliberativo, instância deliberativa máxima do CNPq. A ação é considerada estratégica para a Diretoria Executiva do Conselho: o prêmio será uma das entregas da instituição no escopo do Grupo de Trabalho Interinstitucional para Gênero e Diversidade na Educação Superior e Ciência, criado recentemente (leia mais abaixo) e que tem como objetivo gerar um espaço para identificar, discutir e desenvolver ações, ferramentas e políticas que apoiem sistemas de educação superior e ciência mais diversos e inclusivos.

“Depois de um hiato de 13 anos desde o lançamento de um novo projeto pela área de Prêmios do CNPq, sinto-me honrada em estar na diretoria do CNPq que promoveu tal mudança, principalmente em um tema tão caro e transversal em diversas políticas públicas”, afirma a diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação (DCOI), Dalila Andrade Oliveira. “Tenho certeza de que será um passo importante na busca pelo fortalecimento da equidade de gênero, com a valorização e premiação de mulheres pelo reconhecimento do valor de suas pesquisas e pela promoção do avanço tecnológico nacional”, afirma a diretora.

Pioneirismo

O CNPq é pioneiro na concessão de prêmios no Brasil. Desde a década de 70, os prêmios mantidos pelo Conselho cumprem o importante papel de divulgar e valorizar os avanços no desenvolvimento científico e tecnológico do país, em uma articulação com entidades parceiras dos setores público e privado. Atualmente, o CNPq conta com 10 prêmios próprios e apoia a realização de outras 3 iniciativas em parceria com outras entidades. Consulte a página de prêmios do CNPq.

As diversas modalidades têm como agraciados(as) tanto estudantes quanto pesquisadores(as) de renome, que representam as duas pontas da cadeia da ciência, tecnologia e inovação. Com temáticas, categorias e públicos variados, os prêmios incentivam a formação e o aprimoramento do quadro de pesquisadores(as) brasileiros(as) nas diversas áreas do conhecimento.

Veja aqui a Portaria nº 1.965/2024.

Mais informações na página de prêmios no portal do CNPq.