sexta-feira,22 novembro, 2024

Cinco tecnologias que estão determinando o futuro da saúde

Na última semana, estive na Hospitalar, feira que reuniu boa parte do ecossistema de saúde do país. O debate sobre o uso de novas tecnologias, soluções digitais e inovações para o setor foi um dos tópicos quentes do encontro. Boa parte das empresas presentes já utiliza uma ou mais das tecnologias de vanguarda no seu cotidiano. Contudo, a maioria reconhece que elas também trazem desafios, que crescem de maneira progressiva com o avanço da digitalização do setor. 

O mercado da saúde atravessa um processo de transformação digital intenso, que agrega empresas que estão no início dessa fase e organizações que direcionam tendências de inovação para todo o mercado. Dentro desse movimento inquieto, as cinco principais tecnologias que descreverei a seguir ditarão e já estão ditando as regras do jogo. 

Inteligência artificial 

O conceito de IA é amplo e diversificado, mas ainda não são todas as empresas que utilizam a inteligência artificial no setor da saúde. Até existem empresas que utilizam a tecnologia para antever problemas e apontar as melhores soluções, mas a maior parte engatinha no quesito predição digital. Por um motivo: a falta do uso de dados de saúde. 

Softwares e analytics de dados 

De forma objetiva, sem dados não existe IA, automatização de processos ou melhora no atendimento a saúde por meio da tecnologia. Para que as empresas e os profissionais de saúde sejam inseridos neste amplo e diverso movimento de inovação, o investimento na chamada datificação – extração e análise massiva de dados – é primordial. 

Interoperabilidade de dados 

A interoperabilidade (capacidade de integração e navegação dos dados em diferentes sistemas) está atrelada à datificação. Esse tipo de solução parece avançado, mas pode ser praticado por pequenas e médias empresas. Pensemos em uma operadora de saúde, que normalmente tem um volume enorme de dados de seus beneficiários. Estes são capturados em prontuários, ao integrar esses dados, é possível gerar análises e insights sobre como os pacientes estão sendo atendidos pela rede, quais as demandas e os custos operacionais atuais. 

Fazer isso pode ser custoso e desafiador. Exige um fluxo de obtenção de dados, unificação de cadastro e uso de limpeza, filtros e dicionários para interpretar e analisar os dados. Desse modo, cada elo do ecossistema da interoperabilidade precisa ser feito primeiro dentro de casa. 

Cloud Computing 

Quanto mais expressivo o volume e a interoperabilidade de dados, maior será o investimento em cloud computing, ou computação em nuvem. A integração de diferentes APIs (Interface de Programação de Aplicação) traz mais simplicidade na troca de dados entre diferentes empresas do setor. Ninguém é bom em tudo, mas a integração via APIs possibilita a criação de sistemas especializados: posso criar o meu processo e o diferencial da minha instituição oferecendo a melhor experiência interna e externa. No entanto, deve-se ficar atento a gestão dessas integrações, que podem ser bem caóticas se não forem bem organizadas, se tornando verdadeiros “espaguetes”: você muda uma coisa aqui e traz impacto em outra área. 

Por isso, é necessário usar soluções de API management e bons data lakes – repositórios centralizados que permitem o armazenamento de quantidades indefinidas de dados estruturados ou não. 

Robótica e equipamentos inteligentes 

Na Hospitalar, as empresas apresentaram equipamentos, ferramentas e aparelhos tecnológicos inovadores, que melhoram o diagnóstico e no um exemplo disso é o Cirq Robotic, um braço robótico voltado às cirurgias de coluna, minimamente invasivo e altamente preciso. Outro destaque foi o Kardia 6L, um eletrocardiograma de bolso capaz de gravar em 30 segundos o ritmo cardíaco dos pacientes com alta precisão. Somado a soluções de IA, o software do Kardia 6L detecta variações sugestivas de fibrilação atrial, taquicardia e outros problemas. 

Por fim, vale falar do Artery Check, oxímetro com capacidade preditiva. Por meio da análise de marcadores de rigidez arterial, o equipamento identifica de maneira precoce possíveis complicações cardiovasculares, hepáticas e renais de pacientes. Com tamanhos avanços, evoluímos e caminhamos rumo a um lugar de interesse coletivo. Contudo, sem explorar essas tecnologias e sem uma gestão inteligente de dados, toda a cadeia perde seu valor e o paciente deixa de ter uma melhor experiência em sua jornada de saúde e autocuidado. 

Fonte: Veja

Redação
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