Em março, um estudo publicado na revista científica Nature Communications revelou um tratamento potencial para o glioblastoma (o tumor no cérebro). Na prática, os pesquisadores descobriram um método para autodestruir as células tumorais cerebrais, através da remoção de certos aminoácidos.
Através de experimentos, os cientistas perceberam que a partir da remoção de determinados aminoácidos em modelos animais, as células de glioblastoma têm maior probabilidade de morrer por ferroptose — um tipo de apoptose (termo para morte celular programada) dependente de ferro ou um processo biológico que faz com que as células se “autodestruam” sob comando.
Os pesquisadores também descobriram que essa remoção pode tornar medicamentos quimioterápicos mais aptos a iniciar a morte celular programada. Com isso, os estudos mostraram que doses muito baixas foram capazes de alcançar um efeito mais potente do que antes.
“Agora, precisamos encontrar uma maneira de eliminar esses componentes, mantendo as necessidades energéticas que um paciente pode ter, especialmente um paciente com câncer, que tem necessidades diferentes do paciente médio”, afirmam os pesquisadores.
O próximo passo planeja colocar os pacientes em uma dieta sem esses aminoácidos antes da cirurgia para entender como isso afeta o corpo e o tumor. O tratamento também mostrou potencial contra sarcoma, câncer de pulmão e câncer pancreático.
Glioblastoma (tumor cerebral)
O tumor cerebral pode acontecer tanto no tecido como em regiões próximas, como nervos, a glândula pituitária, a glândula pineal e as membranas que cobrem a superfície do cérebro. Às vezes, o câncer se espalha para o cérebro a partir de outras partes do corpo. Os tratamentos comuns incluem cirurgia e radioterapia.
A comunidade científica tem procurado um meio de combater as células tumorais cerebrais. Em 2021, pesquisadores buscaram um método menos invasivo para diagnosticar câncer cerebral. Já em 2022, um gel injetável se tornou um possível aliado na luta contra o tumor que atinge o Sistema Nervoso Central.
Fonte: Nature Communications via UNC School of Medicine; Mayo Clinic