Cidades Inteligentes: conceito vai além de tecnologia

A apresentação contou com falas de Mário Villar, diretor de Inteligência Turística do Instituto Valenciano de Tecnologias Turísticas (Invattur), e Tatiana Turra, presidente da Curitiba Turismo

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O trabalho dos Destinos Turísticos Inteligentes (DTI), ou Cidades Inteligentes, é cada vez mais importante para situar o turismo em termos mundiais. Se tínhamos, anteriormente, a análise mais rasa de fatores que envolvem a atividade, estes locais chegaram para redefinir conceitos e entregar relatórios mais apurados. É a junção de tecnologia e entendimento do viajante.

Para trazer um exemplo internacional, o painel do Connection Experience chamou Mário Villar, diretor de Inteligência Turística do Instituto Valenciano de Tecnologias Turísticas (Invattur). Representante de Valência e da Benidorm City & Beaches, o executivo reforçou, no início de sua fala, a necessidade dos destinos pensarem como região.

“Ter pensamento e mentalidade voltados ao turismo é o primeiro passo – e talvez o mais importante – para atuar em conjunto com Cidades Inteligentes”, começou.

De acordo com Villar, um dos principais focos do turismo e de uma cidade inteligente deve ser a sustentabilidade. Ver seu destino como um lugar para pessoas, não carros, é de grande auxílio para aplicar o modelo de DTI.

Em seguida, outro ponto crucial nessa maneira de atuar é a governança. O especialista espanhol aponta que estreitar laços com empresas e destinos facilita processos e conquista de resultados positivos.

“A governança acontece por meio de uma tríade: criação de entidade gestora, políticas de qualidade e colaboração público-privada. Sem isso, não existem Cidades Inteligentes. Além disso, a segurança da cidade é algo colocado como prioritário quando pensamos em pessoas, sejam locais ou turistas”, complementou.

Apesar de não ser a única questão, tecnologia, é claro, precisa entrar no hall dos investimentos mais necessários ao falarmos de Cidades Inteligentes. Por isso, com um “escritório de dados”, Villar afirma que é possível medir:

  • Qual tipo de hospedagem está em destaque;
  • Horários, itinerários e quais tipos de voos são os preferidos;
  • Uso de mídias sociais em locais importantes da cidade, conhecendo a satisfação do visitante;
  • A mobilidade do viajantes, sendo para onde e como se desloca durante a estadia;
  • Gastos dos viajantes durante a viagem.

“São indicadores simples é que norteiam a qualidade dos produtos do destino, além de identificarem rapidamente problemas nos equipamentos da cidade. Ter as informações sobre o comportamento dos viajantes é uma forma de otimizar dados e conhecer os principais perfis que nos visitam”, concluiu.

Case brasileiro

Com representativade nacional, Tatiana Turra, presidente do Instituto Municipal de Turismo de Curitiba (Curitiba Turismo), citou o trabalho da capital paranaense para incluir-se no hall de Cidades Inteligentes.

“Temos uma disposição urbana que nos ajuda a aplicarmos o modelo de cidade inteligente, mas vai além disso, O pensamento nas pessoas é o que coordena a atuação de Curitiba para manter-se neste patamar”, disse. Um dos passos dados nos últimos anos para isso, segundo ela, foi constituir uma “Identidade de Curitiba”.

“Todo local muito marcado tem características específicas e, como uma cidade rica em cultura e história, Curitiba trabalhou isso nos últimos anos”, explicou Tatiana.

Entre as práticas operacionais que enquadram a capital entre as Cidades Inteligentes, a executiva citou o pioneirismo com o sistema BRT, além de outros modais de locomação no destino, permitindo que todos se locomovam com facilidade e tenham boa mobilidade.

Além disso, Curitiba também trabalha com o senso de pertencimento do curitibano. Com ações como campanhas de reciclagem e hortas urbanas, a cidade colhe, literal e figurativamente, os frutos de um funcionamento otimizado dos processos.

Fonte: brasilturis.com.br

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