Há um mês, as primeiras cidades brasileiras começaram a receber o sinal de internet móvel 5G. A tecnologia chega com a promessa de diminuir a sobrecarga em infraestrutura de redes, num tempo em que o número de pessoas conectadas vem crescendo ano após ano.
Com mais velocidade e menor latência oferecidas pelo 5G, a Internet das Coisas (IoT) estará mais próxima da vida dos brasileiros. Essa fato abre espaço para a possibilidade de mais dispositivos conectados ao mesmo tempo em estruturas de nuvem. Tudo isso para atender às demandas de indústrias, varejo, saúde e telecomunicação.
Porém, é justamente nas qualidades do 5G que mora o perigo de cibersegurança. Com mais aparelhos conectados, cria-se uma grande rede única com maior tráfego de dados. Isso pode chamar ainda mais a atenção de hackers, que estão cada vez mais ágeis e criativos em suas táticas.
Tanto empresas como governos precisarão mapear brechas que possam permitir a ação de hackers e colocar em riscos seus negócios ou mesmo dados sigilosos de cidades inteiras.
Outro ponto importante é a falta de controle de dispositivos que utilizam a rede 5G. A computação em nuvem permite o acesso de dados disponibilizados em sistemas internos por diferentes aparelhos, que nem sempre estarão mapeados por equipes de TI.
Vejam o exemplo de um colaborador que acessa o drive corporativo pelo computador fornecido pela empresa. Com certeza, esse dispositivo está preparado e seguro para se conectar à rede, mas será que o celular pessoal do mesmo funcionário, por onde ele também acessa os dados, está seguro?
O que é necessário para ter segurança ao navegar no 5G?
Cibersegurança e 5G devem estar atreladasFonte: Getty Images
Para evitar novas portas de entradas de ciberataques, todos os equipamentos conectados precisarão passar por testes mais rigorosos de segurança. Esse fato vai exigir que as empresas tenham atenção redobrada, adotem medidas “Zero Trust” para a gestão de possíveis vulnerabilidades e a utilização de conexões privadas, as chamadas VPNs.
Uma pesquisa recente do IDC demonstrou que mais de 80% das empresas brasileiras conseguem apenas enxergar as possibilidades de conectividade que o 5G trará, já que, ao mesmo tempo, os entrevistados brasileiros demonstraram pouca familiaridade com os termos ligados à nova tecnologia.
Esses dois dados demonstram que ainda temos um caminho considerável até atingir a maturidade necessária para utilizarmos o 5G com segurança. É claro que os benefícios que o 5G trará são muito tangíveis, com consequências positivas para o avanço da sociedade.
No entanto, na mesma proporção crescem os riscos por conta da alta dependência de infraestruturas digitais, quando essas estão funcionando mal ou são vítimas de um ciberataque. A história nos ensinou que os cibercriminosos vêem toda e qualquer tecnologia amplamente adotada como uma oportunidade.
Ao optar por essa nova tecnologia, as empresas e cidadãos precisarão considerar cuidadosamente a resiliência e a segurança dos sistemas que utilizam uma tecnologia que irá mudar o jogo da conectividade.
Há um mês as primeiras cidades brasileiras começaram a receber o sinal de internet móvel 5G.A tecnologia chega com a promessa de diminuir a sobrecarga em infraestrutura de redes, numtempo em que o número de pessoas conectadas vem crescendo ano após ano. Com maisvelocidade e menor latência oferecidas pelo 5G, a Internet das Coisas (IoT) estará maispróxima da vida dos brasileiros, com a possibilidade de mais dispositivos conectados aomesmo tempo em estruturas de nuvem para atender às demandas de indústrias, varejo, saúdee telecomunicação. Porém, é justamente nas qualidades do 5G que mora o perigo decibersegurança.Com mais aparelhos conectados, cria-se uma grande rede única com maior tráfego de dados.Isso pode chamar ainda mais a atenção de hackers, que estão cada vez mais ágeis e criativosem suas táticas. Tanto empresas como governos precisarão mapear brechas que possampermitir a ação de hackers e colocar em riscos seus negócios ou mesmo dados sigilosos decidades inteiras.Outro ponto importante é a falta de controle de dispositivos que utilizam a rede 5G. Acomputação em nuvem permite o acesso de dados disponibilizados em sistemas internos pordiferentes aparelhos, que nem sempre estarão mapeados por equipes de TI. Vejam o exemplode um colaborador que acessa o drive corporativo pelo computador fornecido pela empresa.Com certeza, esse dispositivo está preparado e seguro para se conectar à rede, mas será que ocelular pessoal do mesmo colaborador, por onde ele também acessa os mesmos dados, estáseguro?Para evitar novas portas de entradas de ciberataques, todos os equipamentos conectadosprecisarão passar por testes mais rigorosos de segurança. Esse fato vai exigir que as empresastenham atenção redobrada, adotem medidas “Zero Trust” para a gestão de possíveisvulnerabilidades e a utilização de conexões privadas, as chamadas VPNs.Uma pesquisa recente do IDC demonstrou que mais de 80% das empresas brasileirasconseguem apenas enxergar as possibilidades de conectividade que o 5G trará, já que, aomesmo tempo, os entrevistados brasileiros demonstraram pouca familiaridade com os termosligados à nova tecnologia. Esses dois dados demonstram que ainda temos um caminhoconsiderável até atingir a maturidade necessária para utilizarmos o 5G com segurança.Os benefícios que o 5G trará são muito tangíveis, com consequências positivas para o avançoda sociedade. Porém na mesma proporção crescem os riscos por conta da alta dependência deinfraestruturas digitais quando essas estão funcionando mal ou são vítimas de um ciberataque.A história nos ensinou que os cibercriminosos vêem toda e qualquer tecnologia amplamenteadotada como uma oportunidade. Ao adotar essa nova tecnologia, as empresas e cidadãosprecisarão considerar cuidadosamente a resiliência e a segurança dos sistemas que utilizamuma tecnologia que irá mudar o jogo da conectividade.
Por: Arthur Capella