Educação em inteligência artificial fará parte do currículo a partir do ensino fundamental

Para fortalecer a sua meta de dominar a indústria de inteligência artificial, o governo da China anunciou que, na capital Pequim, a educação em IA será obrigatória para estudantes, incluindo os do ensino fundamental.

A medida, destaca reportagem da Bloomberg, começa a valer no próximo semestre de outono, em setembro. Segundo a Comissão Municipal de Educação de Pequim, as escolas oferecerão pelo menos oito horas de aulas da tecnologia por ano acadêmico, e elas poderão executá-las como cursos autônomos ou integrá-las ao currículo existente.

Os alunos do ensino fundamental, geralmente de seis anos a 12 ou 14 anos, farão cursos práticos para dar início à sua compreensão da IA. Já os do ensino médio, de 15 a 17 anos, se concentrarão no fortalecimento de aplicações e inovação de IA.

Esse novo plano educacional segue uma promessa do governo no Congresso Nacional do Povo de apoiar a aplicação extensiva de modelos de IA em larga escala e o desenvolvimento de terminais inteligentes e equipamentos de fabricação de nova geração.

E ele ganhou impulso no início deste ano depois que a startup DeepSeek lançou um modelo de inteligência artificial que ela garante que tem desempenho tão bom quanto os dos concorrentes americanos, como o ChatGPT, da OpenAI, porém, com muito menos recursos.

Business Insider destaca que a China não está sozinha na pressão pela educação em IA nas escolas. No ano passado, a Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou uma lei exigindo que seu conselho de educação considerasse a alfabetização em IA nos currículos escolares. A Itália também anunciou que começaria a testar ferramentas com tecnologia de IA em 15 salas de aula como parte de um esforço mais amplo para aprimorar as habilidades digitais dos alunos.

Por: Renata Turbiani