A China lançou ao espaço uma grande “vela de arrasto” presa a um componente de um foguete Long March 2D, durante testes de um método para reduzir a quantidade de lixo espacial na órbita da Terra. O veículo foi lançado do Centro de Lançamentos de Satélites Xichang no dia 24 de junho, e levou três satélites da família Yaogan 35 à órbita do nosso planeta.

Ao que tudo indica, a vela estava presa ao adaptador de cargas úteis, instalado no estágio superior do veículo. Segundo a Academia de Tecnologia de Voos Espaciais de Shangai (SAST), responsável pela produção do foguete, a vela de 25 metros quadrados foi aberta um dia após o lançamento.

A ideia é que a vela ajude a desorbitar o adaptador, um dispositivo de 300 kg orbitando a Terra a uma altitude de aproximadamente 491 km. Ela funciona aumentando a área da superfície do objeto desejado (como estágios de foguetes usados ou satélites fora de operação), aumentando os efeitos do “arrasto” da fricção atmosférica e, assim, agilizando o processo de reentrada. O esperado é que a desórbita ocorra em até dois anos.

Ao diminuir o tempo que o objeto fica em órbita, cai também o risco de colisões capazes de gerar nuvens de detritos perigosos para naves tripuladas e outros objetos em órbita. Estimativas recentes da Agência Espacial Europeia (ESA) sugerem a presença de mais de 30 mil detritos na órbita da Terra, mas há modelos estatísticos que propõem mais de 1 milhão de pedaços de lixo espacial, com até 10 cm de extensão.

Fonte: Olhar Digital

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