Este é o assunto do momento: ChatGPT. Fui testar. Perguntei ao sistema de inteligência artificial quem era Arthur Guerra de Andrade. Ele me respondeu um monte de coisas bacanas, mas, na realidade, não se tratava da minha vida, mas a de um outro médico com o mesmo nome. Escrevi, então, que ele estava errado, que eu queria saber quem era Arthur Guerra de Andrade, psiquiatra especialista no tema álcool. Agora sim, ele me trouxe uma simpática biografia, acompanhada de uma seleção de conquistas importantes ao longo da minha carreira.
Por fim, perguntei como, sendo eu psiquiatra, o programa poderia me ajudar e ele me respondeu que poderia me oferecer opções de diagnóstico e tratamento para alguns problemas de saúde mental segundo os sintomas relatados e, também, material para eu pesquisar mais a fundo sobre algum tema de meu interesse, mas que ele, um sistema de IA, não substitui um especialista.
Eu vejo a entrada da inteligência artificial na área da saúde com muita expectativa. Creio que ela será, assim como outras tecnologias que têm surgido, mais um tijolo para a construção daquilo que chamamos de Medicina 5G.
Sistemas como o ChatGPT, claro, ainda precisam ser aperfeiçoados. O engano que ele cometeu em relação a meu nome, por exemplo, jamais poderia acontecer se um profissional com uma dúvida em relação a algum remédio recebesse uma informação equivocada. Evidentemente, qualquer que seja a informação fornecida pelo aplicativo, ela não é capaz de substituir a experiência do especialista nem a relação sagrada entre médico e paciente.
Fonte: Forbes