O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, garantiu que o governo de Mato Grosso não teme a extensão da CPI da Pandemia para investigar o governo Bolsonaro, os governadores e prefeitos.
A CPI que deve ser instalada nesta semana após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), cumpra o regimento interno e instaure a CPI que contou com 31 assinaturas. O senador Eduardo Girão (Pode-ES) afirma que já tem assinaturas suficientes para ampliar a CPI aos estados.
“A prestação de contas em relação aos recursos que vieram para o combate à pandemia estão sendo controlada diariamente. A qualquer momento podem ser apresentados para os órgãos de fiscalização, tão falando até de uma CPI em Brasília. Não tem problema nenhum. Tudo o que o governo de Mato Grosso fez até agora foi da melhor forma possível, transparente”, disse Carvalho nesta segunda-feira (12) durante entrevista ao programa Tribuna da Vila Real FM.
O titular da Casa Civil garante que o Estado conseguiu comprar testes rápidos mais baratos do Brasil, assim como respiradores e medicamentos e insumos. “Em relação a isso estamos plenamente tranquilos e abertos, pois há transparência total em relação a todos os recursos que vieram”, garante.
“Estamos prontos pra entregar essa documentação a quem for de direito. Até porque o Portal Transparência tem todos os gastos da pandemia”, completou.
O presidente Jair Bolsonaro tem reclamado da criação da CPI e começou a atacar ministros do STF, afirmando que o Senado deveria instalar o pedido de impeachment contra ministros da Corte Suprema.
Neste fim de semana foi divulgada uma ligação de Bolsonaro ao senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), em que ele pede para mudar o foco da CPI para investigar governadores e prefeitos, além de dizer que “sairia no soco”, com o senador Randolfe (Rede-AP), que foi o autor do pedido no STF para que a presidência do Senado instalasse a CPI.
Em Mato Grosso, o vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, deputado José Medeiros (Pode), cobra a prestação de contas do governador Mauro Mendes (DEM) sobre os recursos federais distribuídos em 2020. Medeiros chegou a propagar uma informação falsa, de que Mato Grosso teria recebido mais de R$ 15 bilhões da União. Porém, o Estado teria recebido cerca de R$ 4 bilhões apenas.
Fonte: Gazeta Digital