A missão Artemis 1 chegou ao fim. Pelo menos a parte “prática” da operação. Agora, os dados desse momento histórico vão ser analisados e estudados. O momento final, cheio de apreensão, ocorreu neste domingo (11), quando a cápsula Órion fez sua reentrada na Terra. Para o alívio de todos os envolvidos, o processo foi um sucesso.
A Orion caiu na costa da Baixa Califórnia, estado mexicano que faz fronteira com a Califórnia estadunidense. A cápsula entrou na atmosfera terrestre na velocidade de 40 mil km/h, cerca de 32 vezes a velocidade do som.
“A aterrissagem da espaçonave Orion – que ocorreu 50 anos antes do pouso da Apollo 17 na Lua – é o coroamento de Artemis I. Desde o lançamento do foguete mais poderoso do mundo até a jornada excepcional ao redor da Lua e de volta à Terra , este teste de voo é um grande passo à frente na geração Artemis de exploração lunar”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson. “Não seria possível sem a incrível equipe da NASA. Durante anos, milhares de indivíduos se dedicaram a esta missão, que está inspirando o mundo a trabalhar em conjunto para alcançar praias cósmicas intocadas. Hoje é uma grande vitória para a NASA, os Estados Unidos, nossos parceiros internacionais e toda a humanidade.”
Reentrada violenta e bem-sucedida
Uma reentrada bem-sucedida é fundamental para o sucesso da missão, já que a Artemis 1 é um teste para as futuras missões tripuladas que levarão astronautas para a Lua.
Durante sua reentrada, a Orion alcançou temperaturas de até 2,8 mil ºC – metade da temperatura da superfície do Sol. O escudo térmico da cápsula suportou essa carga térmica, protegendo o restante da espaçonave.
A Orion caiu a apenas 480 km do local originalmente imaginado para sua aterrissagem, que era perto da cidade de San Diego. A mudança foi feita para escapar do clima tórrido esperado mais ao norte, explicaram os membros da equipe da missão.
Um navio da marinha dos EUA, o USS Portland, esteve na área aguardando para recolher a cápsula e levá-la de volta à San Diego. De lá, ela será encaminhada ao Centro Espacial Kennedy da NASA, onde passará por check-out pós-voo completo.
Durante o teste de voo, a Orion permaneceu no espaço por mais tempo do que qualquer espaçonave projetada para astronautas sem acoplar a uma estação espacial. Enquanto estava em uma órbita lunar distante, Orion superou o recorde de distância percorrida por uma espaçonave projetada para transportar humanos, anteriormente estabelecido durante a Apollo 13.
A NASA iniciará agora o preparo da próxima missão Artemis, a Artemis 2, que enviará astronautas para orbitarem a Lua em 2024. Já a Artemis 3 está programada para deixar homens e mulheres no polo sul lunar em 2025 ou 2026.