Relatório publicado pela presidência da COP28, a IRENA e a GRA ressalta que governos e empresas devem expandir com urgência as fontes renováveis de energia como caminho para viabilizar os compromissos climáticos do Acordo de Paris
Governos e empresas devem expandir com urgência as fontes renováveis de energia nesta década como caminho para viabilizar os compromissos climáticos do Acordo de Paris, determina um relatório publicado em conjunto pela Presidência da COP28, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) e a Aliança Global de Energias Renováveis (GRA, também na sigla em inglês).
O documento, segundo o ClimaInfo, recomenda que a capacidade mundial de geração renovável triplique até 2030 para pelo menos 11 mil GW, e que as melhorias médias anuais de eficiência energética dupliquem no mesmo período. Sem isso, limitar o aquecimento a 1,5ºC pode não ser atingido.
“Precisamos de uma ação coordenada para triplicar a capacidade de geração renovável até 2030. Isso inclui abordar urgentemente as barreiras sistêmicas profundamente enraizadas nas infraestruturas, políticas e capacidades institucionais decorrentes da era dos combustíveis fósseis”, afirmou Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA.
O presidente da COP28, Al Jaber, acrescentou: “Triplicar a implantação da geração renovável e duplicar a eficiência energética estão entre as alavancas mais importantes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Apelo agora a todos para que se unam, se comprometam com objetivos comuns e tomem medidas nacionais e internacionais abrangentes para tornar nossas ambições uma realidade”.
A cúpula do clima, que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a partir de 30 de novembro, espera que os países cheguem a um acordo sobre o aumento da capacidade de energias renováveis.
Reportagem da Reuters aponta que um grupo de 20 países, incluindo China, Estados Unidos e Índia, já concordaram com esse objetivo.
A expectativa é que, durante a COP28, as nações também firmem um compromisso de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, tidos por especialistas como os maiores vilões por trás das mudanças climáticas. Porém, enquanto União Europeia e diversos países vulneráveis à crise do clima defendem a medida, grandes produtores e consumidores de petróleo são contra.
Texto: Um só Planeta