A vice-presidente executiva global e CEO da BYD nas Américas, Stella Li, afirmou nesta terça-feira (15) que Salvador pode se tornar o “Vale do Silício” brasileiro. A fala veio durante evento com jornalistas da América Latina em Shenzhen, na China. O Olhar Digital foi um dos veículos convidados para conhecer a fábrica e a sede da companhia.
Como a gente já informou anteriormente, a BYD vai instalar uma fábrica em Camaçari, na região metropolitana da capital baiana. A expectativa é de que a inauguração ocorra entre o final de 2024 e o começo de 2025. Ainda não está definido, mas tudo se encaminha para que a companhia chinesa assuma o espaço da antiga fábrica da Ford. Essa será a segunda fábrica da BYD fora da China – a única até agora é na Tailândia.
Na avaliação de Stella Li, o Brasil deve ser um mercado estratégico para a empresa. Além disso, segundo a executiva, o país também tem muito a ganhar com a chegada da greentech
SALVADOR PODE SE TORNAR UM VALE DO SILÍCIO BRASILEIRO (…) O BRASIL É UM MERCADO MUITO IMPORTANTE PARA GENTE, É O NÚMERO 6 DA BYD NO MUNDO. A BYD JÁ ESTÁ NO BRASIL HÁ MAIS DE 10 ANOS. O PAÍS É IMPORTANTE TAMBÉM PELA GEOGRAFIA NA AMÉRICA DO SUL, JÁ QUE PODE SER UMA UM CENTRO FABRIL PARA OUTROS PAÍSES PERTO. (…) NO BRASIL, AS PESSOAS SE PREOCUPAM COM MEIO AMBIENTE E EU ACHO QUE A ELETRIFICAÇÃO É UMA SOLUÇÃO (AMBIENTAL) PARA O BRASIL.– Vice-presidente executiva global e CEO da BYD nas Américas, Stella Li.
A fábrica em Camaçari
Em nota, o governo da Bahia disse que o acordo não afetará os 1.500 engenheiros e especialistas que atualmente trabalham na fábrica.
MAIS DO QUE ATRAIR UM GRANDE FABRICANTE DE AUTOMÓVEIS, NO CASO DA BYD, A BAHIA CONQUISTA A VANTAGEM DE SEDIAR UM EMPREENDIMENTO VOLTADO PARA A SOLUÇÃO TECNOLÓGICA, JÁ QUE OS VEÍCULOS ELÉTRICOS, ESPECIALIDADE DA EMPRESA, TÊM AGREGADO UMA SÉRIE DE INOVAÇÕES NOS ÚLTIMOS ANOS E DEVEM CONTINUAR EVOLUINDO.– Nota do governo da Bahia.
Os números da BYD
Durante a visita de jornalistas às instalações da empresa em Shenzhen, a BYD informou alguns números bastante relevantes, que mostram com quais “credenciais” a greentech desembarca no Brasil.
BYD como greentech, não apenas montadora
A empresa foi fundada em 1995, mas não como uma montadora. O foco estava na produção de baterias. Anos depois, em 2003, aí sim foi fundada a BYD Auto, subsidiária de automóveis. Então, quando falamos de BYD, falamos mais de uma greentech do que de uma montadora. Há quatro frentes de trabalho principais: eletrônicos, mobilidade elétrica, painéis solares e transporte rodoviário.
Fonte: Olhar Digital