sábado,16 novembro, 2024

Buchas vegetais podem gerar eletricidade; entenda

Durante as investigações, as esponjas foram capazes de gerar até 8 nanoampères de eletricidade

Uma equipe formada por engenheiros mecânicos da Universidade Beihang, da Universidade de Pequim e da Universidade de Houston descobriu que é possível gerar pequenas quantidades de eletricidade apertando esponjas de luffa, popularmente conhecidas como buchas vegetais.

Para quem tem pressa:

  • Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Science mostrou como os engenheiros trataram as amostras de esponjas de luffa, medindo a eletricidade que elas geravam quando eram espremidas repetidamente;
  • Outros estudos já haviam relatado que a aplicação de força ou tensão em alguns materiais pode resultar no acúmulo de carga piezoelétrica (a tensão elétrica gerada por alguns materiais em resposta a uma pressão mecânica), e que aplicar e liberar repetidamente a força ou tensão pode resultar na produção de um fluxo de piezoeletricidade;
  • Além disso, outros engenheiros investigaram as chances de gerar pequenas quantidades de piezoeletricidade através dos passos ou do movimento da roupa enquanto as pessoas caminham;
  • Segundo o Tech Xplore, a eletricidade gerada dessa forma pode até se tornar uma forma de carregar dispositivos pessoais.

Esponjas de luffa

luffa vegetal
Imagem: Mr.Anuwat Rumrod / Shutterstock.com

As esponjas de luffa são um tipo de conchas expelidas quando o fruto de uma planta luffa é posto para secar. Elas são popularmente preparadas e vendidas como um produto comercial, como um mecanismo para remover a pele morta do corpo durante o banho.

Durante a investigação, a equipe tratou as esponjas com produtos químicos para remover a hemicelulose e a lignina, deixando para trás uma casca de cristal de celulose. Em seguida, os engenheiros conectaram os resultados a um circuito elétrico, e começaram a apertá-los repetidamente com a mão. 

Como resultado, as esponjas foram capazes de gerar até 8 nanoampères de eletricidade. Mesmo sendo uma quantidade de energia considerada baixa, a equipe trabalha com a possibilidade de criar esponjas luffa artificiais que sejam mais eficientes para essa finalidade.

Texto: Alisson Santos

Redação
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