sexta-feira,22 novembro, 2024

Brasil registra queda histórica na produção científica em 2022

Em meio a um cenário de crescimento global na produção científica, o Brasil enfrentou uma realidade desafiadora em 2022. Pela primeira vez desde o início da tabulação de dados em 1996, o país experimentou uma redução significativa no número de artigos científicos publicados em comparação com o ano anterior.

Queda na produção científica brasileira

  • O relatório “2022: um ano de queda na produção científica para 23 países, inclusive o Brasil” foi divulgado pela Elsevier-Bori nesta segunda-feira, 24 de julho.
  • Ele revela que 23 nações enfrentaram uma diminuição em sua produção de ciência.
  • Esse dado representa o maior número de países com declínio na história, superando o recorde anterior registrado em 2002, quando 20 países apresentaram queda no número de publicações científicas.
  • O Brasil, em conjunto com a Ucrânia, teve a maior perda de produção científica entre os países analisados, com uma queda de 7,4% em relação ao ano anterior.
  • É importante destacar que o decréscimo na produção científica brasileira coincide com o período da pandemia da Covid-19, o que pode ter sido um dos fatores influentes.
  • Em contraste, países como China e Índia apresentaram um crescimento expressivo na produção científica em 2022, com um aumento de cerca de 20% em relação a 2021.
  • A Índia, inclusive, ultrapassou o Reino Unido e tornou-se o terceiro país com maior número de publicações no mundo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

Ao analisar as instituições de pesquisa brasileiras, com exceção da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), todas as demais apresentaram uma redução significativa em sua produção científica no ano de 2022. A área das ciências agrárias, especialmente relevante para o país, sofreu uma queda ainda maior, com 13,7% menos artigos científicos publicados em comparação a 2021.

Esse cenário preocupante também pode estar relacionado aos expressivos cortes orçamentários nos recursos públicos destinados à pesquisa nos últimos anos. Especialistas alertam que essa questão precisa ser cuidadosamente analisada em futuros documentos para entender suas implicações na produção científica nacional.

Fonte: Olhar Digital

Redação
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