Após chegar a bater a marca de US$ 22 mil na madrugada de sexta, o Bitcoin (BTC) voltou a perder força durante o fim de semana e agora ameaça novamente perder o nível dos US$ 20 mil. Para alguns analistas, o patamar de US$ 17 mil se tornou o novo suporte do mercado.
“Continuamos esperando um movimento instável dos preços”, disse Joe DiPasquale, CEO da BitBull Capital. “Deve haver ofertas mais fortes em torno do nível de US$ 17 mil, se o Bitcoin cair até lá novamente, será um sinal forte para os compradores e pode indicar a formação de um potencial fundo em torno desse preço”.
Na agenda, os investidores ficarão atentos esta semana à última leitura do índice de preços ao consumidor dos EUA, prevista para quarta-feira, após o dado anterior mostrar a inflação mais alta em quatro décadas. O relatório pode influenciar as expectativas do mercado sobre o próximo movimento do Federal Reserve, que se reúne no final do mês.
Na sexta passada, os dados do relatório de emprego americano de junho trouxeram um certo alívio para o mercado sobre a questão da recessão no país, o que deve facilitar para o Fed manter sua trajetória de aumento de juros em 75 pontos-base.
“Se a inflação oferecer outra surpresa positiva, a reunião de setembro poderá ver as expectativas totalmente precificadas em um aumento de meio ponto, mas isso pode facilmente subir para 75 pontos-base”, avaliou na semana passada o analista Ed Moya, da Oanda.
Enquanto isso, criou-se uma preocupação sobre a política monetária do Japão após o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, segundo informações da Bloomberg. Abe foi um forte defensor de condições financeiras “ultra fáceis” diante da estagnação econômica do país.
Em geral, a semana começa com um noticiário mais tranquilo, com investidores atentos à agenda dos próximos dias. Porém, com a queda do Bitcoin, o dia acaba negativo também para a maior parte das principais altcoins, que recuam entre 2% e 6% nesta manhã.
Fonte: Info Money