Com a inovação, considerada disruptiva no setor global, a Superbac impulsionará as pesquisas em sua biofábrica, a fim de contribuir para o desenvolvimento da indústria de celulose no Brasil. A estratégia é oferecer soluções totalmente sustentáveis e customizadas para as mais diversas necessidades.
A Superbac, empresa nacional pioneira no país em biotecnologia, com mais de 25 anos de existência, conseguiu um feito significativo, que vai ampliar seu leque de opções de bioinsumos: patentear a produção de celulose in vitro – um processo inédito desenvolvido em conjunto com a Universidad de Antioquia (Colômbia), fruto de uma parceria iniciada em 2011.
A inovação é considerada como uma quebra de paradigma, pois permitirá que a indústria reduza tanto a área plantada, quanto a quantidade de químicos utilizados nos processos de produção e branqueamento da polpa celulósica. “Ainda que não se tenha estimativas precisas sobre o potencial de redução destes parâmetros, há um inerente enorme ganho em questões relativas à sustentabilidade, para o setor de Papel e Celulose”, ressalta Celso Santi Jr., gerente de P&D da Superbac .
Com a concessão de patente obtida na Alemanha, a Superbac, que conta com a mais moderna biofábrica da América Latina, obtém o direito temporário exclusivo de explorar a tecnologia através da comercialização, cessão ou licenciamento no país onde ela foi concedida. Em breve a empresa também disponibilizará a novidade no mercado brasileiro.
“Esta conquista tem grande importância estratégica para a Superbac, pois vai ao encontro de seu propósito principal que é utilizar a inteligência da natureza para substituir processos químicos tradicionais por procedimentos biotecnológicos mais brandos e sustentáveis. Portanto, devido ao grande tamanho do mercado de papel e polpa, esta solução seria capaz de gerar um enorme impacto para o setor e para a sociedade”, reforça Santi Jr..
Obtenção de celulose sem processos químicos tradicionais
De maneira detalhada, a produção da celulose in vitro desenvolvida pela Superbac consiste na multiplicação de células vegetais em biorreatores (equipamentos capazes de transformar matérias-primas em produtos, utilizando agentes biológicos, como células, enzimas ou microrganismos).
O objetivo é extrair a celulose sem a necessidade do processo industrial químico, que é tradicionalmente utilizado na produção a partir do cultivo de eucalipto e pinus. Neste processo in vitro são utilizadas células meristemáticas, que têm a capacidade de realizar sucessivas divisões e diferenciações, podendo formar todo e qualquer tipo de célula encontrada em um vegetal (assim como as células-tronco humanas).
De acordo com Celso Santi Jr., os estudos estão em nível laboratorial e espera-se que evoluam para escala comercial o mais breve possível. “Esta é uma das tecnologias mais inovadoras dentro do pipeline da empresa e está entre aquelas com grande potencial disruptivo. A Superbac, que já tem reconhecida capacidade e qualidade em produtos oriundos de bioprocessos bacterianos, inicia, com essa descoberta, a sua ramificação para bioprocessos com células de origem vegetal, o que abre um gigantesco oceano azul”, prevê o gerente de P&D da biotech.
Otimização de tecnologias
Com o desenvolvimento e o domínio da tecnologia de bioprocessos com células vegetais, basicamente todas as moléculas e ativos produzidos por plantas entram no raio de alcance da empresa. Desta forma, a biotech brasileira conseguirá desenvolver novas metodologias e otimizar aquelas já disponíveis para o cultivo deste tipo de células, bem como os processos subsequentes de concentração e purificação. “São frentes de P&D que requerem investimento de recursos estratégicos, porém, com alto potencial de retorno”, finaliza Celso Santi Jr.
Mercado de celulose no País
A celulose compreende cerca de 33% de toda a matéria vegetal presente no planeta. Cerca de 90% do algodão e de 50% da madeira são celulose. Além disso, a celulose é o mais abundante de todos os compostos orgânicos que ocorrem naturalmente.
O Brasil é o segundo maior produtor no mundo, sendo o primeiro na produção da celulose de fibra curta. Além disso, o país tem destaque na indústria do papel, estando entre os 10 maiores players globais.
Fonte: Amanajé Comunicação
Por: Portal do Agronegócio