sexta-feira,20 setembro, 2024

Big Data e Inteligência Artificial no apoio aos decisores políticos

O desenvolvimento da tecnologia e, em particular, das ciências de computação e da inteligência artificial (IA) coloca nas mãos dos decisores políticos ferramentas e dados que nunca estiveram ao seu alcance. A partir da agregação em “Big Data” de dados provenientes das mais diversas fontes e, alguns, em tempo real, é possível a quem toma decisões tomá-las de forma mais informada e, teoricamente, mais eficientes.

Contudo, importa antes do mais, distinguir entre eficácia e eficiência em que por “eficácia” se refere a fazer a tarefa certa, completando atividades e atingindo objetivos. “Eficiência” alude a fazer aquilo que tem que ser feito mas de forma otimizada, mais rápida e com menores custos. Neste sentido, um político que use Big Data e Inteligência Artificial pode tomar decisões mais eficazes mas menos eficientes na medida em que as decisões podem estar a ser tomadas contra os interesses dos cidadãos. Se uma decisão for tomada com base em dados reunidos, agregados e filtrados de forma obscura e depois processados por um algoritmo de inteligência artificial tão complexo e mutável que ninguém o consegue auditar a partir de de que momento a decisão cabe realmente ao decisor humano e passa a ser da IA?

desenvolvimento da tecnologia e, em particular, das ciências de computação e da inteligência artificial (IA) coloca nas mãos dos decisores políticos ferramentas e dados que nunca estiveram ao seu alcance. A partir da agregação em “Big Data” de dados provenientes das mais diversas fontes e, alguns, em tempo real, é possível a quem toma decisões tomá-las de forma mais informada e, teoricamente, mais eficientes.

Contudo, importa antes do mais, distinguir entre eficácia e eficiência em que por “eficácia” se refere a fazer a tarefa certa, completando atividades e atingindo objetivos. “Eficiência” alude a fazer aquilo que tem que ser feito mas de forma otimizada, mais rápida e com menores custos. Neste sentido, um político que use Big Data e Inteligência Artificial pode tomar decisões mais eficazes mas menos eficientes na medida em que as decisões podem estar a ser tomadas contra os interesses dos cidadãos. Se uma decisão for tomada com base em dados reunidos, agregados e filtrados de forma obscura e depois processados por um algoritmo de inteligência artificial tão complexo e mutável que ninguém o consegue auditar a partir de de que momento a decisão cabe realmente ao decisor humano e passa a ser da IA?

Não é possível travar a inovação pela Legislação mas é possível regular, condicionar e orientar. A decisão final, designadamente, não pode caber nunca a uma IA especialmente num contexto de decisões políticas em democracia. Não há democracia se a decisão couber a uma IA e não haverá também democracia se o decisor humano for esmagado por opções geradas a partir de números obscuros que se forem apresentados de forma a que reduzem a opção (p.ex. 90% para a opção A e 10% para a opção B) lhe reduzam a margem de manobra. Para o evitar é vital que o decisor humano conheça bem o contexto sobre o qual está a tomar a decisão sendo capaz de ir além dos números mastigados e apresentados pela IA e, pela sua experiência, instinto e conhecimento do local. A exigência de IA em código aberto, auditável por especialistas e tão transparente como o possível iria complementar este quadro compatibilizador e regulador do uso da IA por parte dos decisores políticos e reduzir os riscos que a escala de um processo de transformação como este sempre trará.

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