Em 2023, o Google criou o Bard – chatbot de IA que chegou ao mercado como rival do ChatGPT, da OpenAI. Ambos apresentam bom desempenho e funcionam de forma parecida, mas a falta de recursos de texto para imagem deixou o Bard em desvantagem por um tempo. Agora, uma nova funcionalidade pode deixar o chatbot ainda mais competitivo: o Google finalmente lançou o recurso de geração de imagens de forma gratuita, mas por enquanto apenas disponível em inglês. Já o ChatGPT, que permite que os usuários gerem imagens graças à integração DALL-E 3, oferece o recurso somente na sua versão plus de assinatura paga.
Segundo o Google, a geração de imagens não irá se limitar apenas ao Bard. Uma nova ferramenta de fotos experimentais alimentada pelo Imagen 2 e batizada de ImageFX irá permitir que os usuários criem imagens com prompts de texto simples e possam brincar com a IA generativa. Ela se une a outras ferramentas de criação de IA da big tech, como o MusicFX e TextFX, que foram lançadas no ano passado, e já está disponível para testes no Google Labs.
A novidade chega justamente em um momento em que a geração de imagens de IA foi criticada após fotos falsas e sexuais de Taylor Swift serem divulgadas no X (antigo Twitter). Embora ainda não se saiba quais plataformas foram usadas para gerar as imagens, as empresas de tecnologia começaram a bloquear o recurso.
Em resposta ao episódio, o Google destacou que o recurso de imagem do Bard foi “projetado com a responsabilidade em mente” e terá uma marca d’água nos pixels das fotos para diminuir o risco, indicando que estas são geradas por IA. Além disso, a big tech disse que implementou barreiras técnicas e de segurança para evitar a geração de imagens de pessoas conhecidas e limitar conteúdo violento, ofensivo ou sexualmente explícito. As fotos geradas por meio do ImageFX também serão marcadas pelo “SynthID”.
Nos últimos meses, o Google expandiu o chatbot para mais de 40 idiomas e 230 países, oferecendo o recurso de verificação dupla – que permite que os usuários avaliem as respostas pesquisando automaticamente na internet para apoiar ou contrapor o conteúdo.
Por Sofia Schuck, Época NEGÓCIOS
