A cuiabana Bárbara Bussiki, formou-se em arquitetura e urbanismo em 1993, na cidade de Ribeirão Preto – SP e na sequência, viajou para a Europa, onde fez vários cursos até retornar ao Brasil.
Bussiki destacou que sua família foi de uma certa forma, a grande responsável pela sua escolha profissional. “Meu pai muito contribuiu para a poesia e a música do nosso Estado. Minha mãe, por outro lado, possui a voz mais linda que já ouvi (adora cantar), sempre gostou de uma casa bem arrumada e boa parte da minha família sempre foi amante das artes e antiguidades. Portanto, creio que a minha vocação nasceu graças à minha família”, relembrou.
Para ela, a arquitetura é um conjunto de conceitos que englobam beleza e função e possui o poder de mudar o estilo de vida e a cultura de uma época. Ela ressaltou o quanto essa profissão vem mudando devido à tecnologia e seus avanços, a qual lembra o quanto era primordial saber desenhar, pois caso o aluno não soubesse, “estaria no curso errado”. Enquanto hoje, o aluno conta com programas de computação e outras ferramentas tecnológicas, porém, enfatiza: “Todo arquiteto deve saber desenhar à mão livre”.
Segundo Bussiki, todas essas modernidades são benéficas para aperfeiçoar o trabalho na arquitetura, mas ela destaca o diferencial que é apresentar o desenho feito como antigamente.
“Sou da opinião de que tudo vem para somar, a tecnologia é muito bem vinda e avançamos muito neste sentido, mas quando você apresenta um desenho feito à mão, feito por você, com exclusividade para seu cliente, eles ficam encantados”, detalhou.
Com relação a sua área de atuação, ela citou que a reforma e designe de interiores é o que mais lhe dá prazer e o que ela faz de melhor. Reforçou como se sente realizada por poder trabalhar com o que gosta.
Bussiki ressaltou um dos grandes desafios na profissão, que vão desde a competitividade, visto ser grande o número de novos arquitetos. Outro obstáculo, é e a imagem que algumas pessoas têm a respeito desse trabalho, o qual associam como um “artigo de luxo” e isso, acaba impedindo de a arquitetura ter um mercado mais amplo.
Já a respeito de seu projeto mais marcante, ela destacou que o da Seraphina Doces Finos, porque foi na época em que ela chegou da Suíça e esse convite representou seu retorno profissional a sua tão amada capital, Cuiabá.
Quanto a composição de seus projetos, Bussiki explica que é conjunto com seus clientes, com o que eles desejam e assim ela começa a esboçar essa ideia para ser apresentada.
Bussiki mencionou que a História da Arte sempre norteou seus projetos, assim como ter conhecido vários lugares e culturas a fizeram ter uma boa bagagem cultural e assim, ser uma de suas fontes de criatividade.
A arquiteta deixou um recado para os interessados em ingressarem nessa profissão, disse que apesar de ser um curso difícil por ser de período integral, é um curso lindo que fará o estudante enxergar o mundo de outra forma.
“Aprendam a criar, dar vazão às suas ideias. Arquitetos existem para melhorar a qualidade de vida de outras pessoas, desde a uma simples família até a um bairro, a uma cidade”, finalizou.
Bárbara Busski é arquiteta há 27 anos e atualmente, se dedica mais a reforma e designe de interiores.