O Banco do Brasil e a Natura firmaram um acordo durante a COP-28 (a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da Natura, concentrando-se especialmente em cooperativas e produtores de matérias-primas e insumos utilizados na fabricação dos produtos da empresa. A expectativa é de que toda a cadeia de valor da Natura seja beneficiada, começando por três comunidades no estado do Pará. Além disso, as cooperativas envolvidas na parceria serão incluídas em avaliações para a implantação de projetos destinados à originação de créditos de carbono.
Angela Pinhati, diretora de sustentabilidade de Natura &Co América Latina, destaca que conexão entre a conservação da biodiversidade e a valorização de comunidades tradicionais da Amazônia é fator fundamental para o caminho de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
“A Amazônia está no centro das discussões da COP28, logo, ter a conferência como palco desse anúncio é muito significativo. A parceria com o BB reflete nosso compromisso com a sustentabilidade e apoio às comunidades locais, que são uma parte fundamental do nosso negócio”, reforça.
A iniciativa estratégica busca promover o desenvolvimento sustentável na região, começando com um investimento inicial expressivo de R$ 3 milhões destinado às cooperativas no Pará. A expectativa é que esse montante seja ampliado para abranger outras 41 cooperativas fornecedoras de insumos amazônicos para a Natura&Co.
Natura foi pioneira em conexão de negócios e comunidades amazônicas
Mas, não é de hoje que a Natura tem concentrado esforços na região. Pioneira no uso de matérias-primas brasileiras, a companhia trabalha há mais de 20 anos com a bioeconomia da sóciobiodiversidade na Amazônia, desde o lançamento da linha Ekos. Mas foi a partir de 2011, com a estruturação do Programa Natura Amazônia (PAM), que a região se consolidou como um vetor de inovação, negócios sustentáveis e referência para a promoção de desenvolvimento local para a empresa.
Naquele momento, a Natura fortaleceu e ampliou o modelo de relacionamento com as comunidades agroextrativistas. Hoje, mais de 10 mil famílias integram as comunidades agroextrativistas amazônicas que se relacionam com a empresa
Com esse protocolo de intenções, o Banco do Brasil quer ir além da geração de valor financeiro, mas também em toda a cadeia de valor das empresas, gerando negócios “A sustentabilidade está na razão de ser do Banco do Brasil, na nossa essência. Estamos em um momento em que nossas ações e compromissos para um mundo mais sustentável, conectados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, convidam todos os stakeholders a assumirem responsabilidades diante das mudanças climáticas e seus efeitos na vida das pessoas e comunidades.”, afirma José Ricardo Sasseron, vice-presidente do BB, que participa da conferência.
Gabriel Santamaria, gerente geral da Unidade ASG, complementa que “o BB quer ser protagonista na construção de um mundo mais verde e inclusivo e ser reconhecido por suas práticas e negócios sustentáveis no sistema financeiro. Fomentar a agenda ASG gera retorno para empresa ao mesmo tempo que traz impacto socioambiental positivo para sociedade e meio ambiente, reduzindo os efeitos das mudanças climáticas”.
Créditos: Bianca Alvarenga