Os adubos orgânicos fabricados a partir do reaproveitamento de resíduos têm despertado cada vez mais o interesse do setor agrícola devido ao seu desempenho, em consorcio aos minerais, em diversas culturas. No caso da banana, esses fertilizantes promovem a padronização dos cachos, melhoram a produtividade e auxiliam na supressão de doenças. Dentre os exemplos desse tipo de insumo, a linha Tera Nutrição Vegetal tem como diferencial sua produção a partir da compostagem, principalmente do lodo obtido no tratamento dos esgotos e de outros resíduos orgânicos. 

Os agricultores da maior região produtora de banana do Brasil terão a oportunidade de conhecer um pouco desses benefícios na 11ª Feira Nacional da Bananicultura (Feibanana 2023), promovida pela Abavar (Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira). Mostra será realizada no Centro de Eventos de Pariquera-Açu, de 9 a 11 de maio, e contará com a participação da Tera. No local, técnicos da empresa apresentarão os fertilizantes, responderão as dúvidas e entregarão brindes e amostras do adubo aos produtores. 

“Nosso objetivo no evento será mostrar os ganhos que os fertilizantes orgânicos Tera Nutrição Vegetal agregam ao cultivo da banana, propiciando bons resultados. Eles suprem parte significativa da demanda de nutrientes das culturas nas quais são empregados. Vale lembrar que esses adubos contribuem muito para a melhoria das características químicas, físicas e biológicas dos solos, aumentando a eficiência e aproveitamento dos fertilizantes minerais, podendo reduzir seu consumo em até 50%, dependendo do manejo”, salienta Fernando Carvalho Oliveira, engenheiro agrônomo e responsável técnico pelos produtos. 

Os fertilizantes da Tera são ambientalmente sustentáveis, pois têm origem na reciclagem de resíduos orgânicos urbanos, industriais e agroindustriais. O seu grande atributo está no conteúdo de matéria orgânica, substâncias húmicas, microrganismos, macro e micronutrientes. 

Desempenho do adubo orgânico na bananicultura 

A cultura da banana requer tecnologias, processos variados e manejos específicos para que se tenha qualidade na produção, especialmente quando se trata da preparação e adubação do solo. 

Segundo Fernando Carvalho, a bananeira desenvolve-se melhor em solos arenoargilosos, com boa drenagem e supridos com matéria orgânica. Nesse sentido, os adubos orgânicos da Tera Nutrição Vegetal são verdadeiros aliados, visto que proporcionam os seguintes benefícios: fornecem todos os macro e micronutrientes às plantas; ampliam a capacidade do solo em reter nutrientes, evitando perdas e gerando economia na manutenção da área aplicada; são ótimos condicionadores físico e biológico do solo, retendo umidade; ricos em matéria orgânica e substâncias húmicas, estimulando o crescimento das plantas e o surgimento de novas radicelas (performance radicular); promovem supressão a diversos microrganismos fitopatogênicos; e têm efeito residual, mantendo a função biológica prolongada da aplicação. 

“Como resultados, os nossos fertilizantes orgânicos proporcionam aumento da produtividade e maior eficiência da adubação mineral. São indicados para manutenção e reposição da matéria orgânica em solos, além de potencializar a formação de radicelas”, ressalta o engenheiro agrônomo da Tera. 

Produtores de banana que utilizam o insumo atestam os ganhos agronômicos. Trabalhando com bananicultura há mais de 25 anos, o engenheiro agrônomo e produtor Edson Akira Hazome Hayashi, da cidade de Registro, interior de São Paulo, utiliza os adubos orgânicos da Tera em sua propriedade. “Os resultados foram muito positivos para a cultura. O composto melhorou a estrutura do solo, tornou as adubações mais eficientes e trouxe maior uniformidade no tamanho dos cachos” explica. 

O agricultor considera o uso do composto na agricultura muito importante, pois, além de ajudar no desenvolvimento das plantas, contribui para a sustentabilidade, já que, para sua fabricação, são reaproveitados os resíduos orgânicos das indústrias e cidades. Assim, materiais que geralmente iriam para aterros sanitários voltam ao campo, fechando o ciclo produtivo. 

Edson Hiroshi Ohia, engenheiro agrônomo e bananicultor na cidade de Sete Barras-SP, também utiliza o adubo orgânico da Tera Nutrição Vegetal. Ele explica que já fazia compostagem na propriedade. Levava de seis meses a um ano para conseguir obter o produto e, mesmo assim, não tinha boa qualidade. “Fiquei impressionado quando vi que os fertilizantes Tera Nutrição Vegetal ficam prontos em 60 dias”. 

Segundo ele, a banana-da-terra, uma das variedades cultivadas em sua propriedade, comumente é muito atacada pela broca-do-rizoma, inseto cujo nome científico é Cosmopolites sordidus, sendo necessária a aplicação de defensivos. Depois que iniciou a fertilização da lavoura com o fertilizante da Tera, não precisou mais utilizar inseticida e as mudas que vieram posteriormente conseguiram sobrepor-se à praga, barrando sua interferência na produção. 

Além de utilizar o adubo orgânico em sua produção de bananas, o produtor testou o desempenho do composto em plantas ornamentais e na olerícola “Nirá”, pertencente à família da cebola e alho. Nesta última, que normalmente é muito atacada por ferrugem, houve excelentes resultados, eliminando completamente a incidência da doença nas plantas. 

Dados do setor 

A banana é uma das frutas mais consumidas pelo brasileiro e seu cultivo está distribuído por todo o território nacional. Ela ocupa o segundo lugar em quantidade de frutas produzidas no País, sendo superada apenas pela laranja, e a terceira posição em área cultivada. Praticamente, toda a produção é destinada ao mercado interno, sendo exportado apenas 1%. 

Com produção média de um milhão de toneladas por ano, São Paulo é o estado que mais produz banana, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE). Também é o único responsável pela exportação brasileira da fruta, que, em sua totalidade, sai da região do litoral paulista, particularmente do Vale do Ribeira. O Estado da Bahia é o segundo maior produtor, com 878,5 mil toneladas anuais. Seguem-se Minas Gerais, com 801,7 mil toneladas, e Santa Catarina, com 714,3 mil toneladas/ano (LSPA/IBGE). 

O faturamento do setor é de R$ 13,8 bilhões por ano, conforme informações da Embrapa. Os tipos de banana mais cultivados em terras brasileiras são as de mesa, como a prata, nanica, maçã e ouro. Cada bananeira produz de cinco a 15 pencas de uma só vez. 

A bananicultura também desempenha um papel social importante. A atividade é fonte de trabalho em toda a cadeia, desde o plantio da fruta até a venda nos supermercados, varejos e bancas. Gera 500 mil empregos diretos. Quase metade da sua produção vem da agricultura familiar. 

Sobre a feira

A Feibanana reúne produtores rurais, pesquisadores, universitários, alunos secundaristas, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos e todos os demais participantes da cadeia produtiva da fruta. É uma feira e espaço para apresentação e discussão de assuntos essenciais às boas práticas agrícolas, novos métodos de cultivo e manejo da cultura. Também proporciona intercâmbio de informações entre todos os participantes. 

Segundo Rafael Peniche, organizador do evento, em sua última edição a feira recebeu cerca de sete mil pessoas durante os três dias. Para este ano, a expectativa é de 10 mil visitantes. Ele destaca que está prevista a participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; prefeitos e vereadores das cidades do Vale do Ribeira; secretário estadual da Agricultura, Antônio Junqueira; e deputados estaduais e federais com atuação no Vale do Ribeira. “A Feibanana proporciona visibilidade à bananicultura da região do Vale do Ribeira, onde 80% da economia é centrada nessa fruta. Queremos trazer novas tecnologias, ofertas de produtos e insumos agrícolas e o que há de mais moderno para o cultivo”, acentua. 

Este ano, a atividade prática com os produtores, que normalmente acontece durante a feira, será diferente. “Devido à grande ameaça para a bananicultura mundial da Fusariose Raça 4 Tropical e a iminência da chegada em solo brasileiro, teremos apenas um dia de campo e nesta programação, teremos a participação de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, orientando os produtores, na prática, sobre a importância de se prevenir contra esta e outras doenças presen

tes nos bananais”, explica. Também haverá palestras no auditório principal com foco na doença Raça 4 Tropical. 

Além disso, haverá um espaço mais amplo dedicado ao artesanato regional, com derivados de banana. As palestras serão realizadas em roda de conversa ou painéis, com o objetivo de aproximar o público dos profissionais e especialistas do setor. “Também teremos um caldeirão com doce de banana para distribuição gratuita aos visitantes da feira”, finaliza Rafael. 

Fonte: Oficina de Comunicação

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