Um novo estudo da Hungarian University of Agriculture and Life Sciences destaca o bambu como um novo candidato a fonte renovável de energia. De acordo com os pesquisadores, sua rápida taxa de crescimento e seu potencial de absorver carbono da atmosfera neste período são as principais vantagens deste vegetal.
A busca por alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis chegou, desta vez, a uma planta que já é utilizada de diversas formas pela humanidade — na alimentação , na construção de móveis e utensílios domésticos ou na fabricação de papel, por exemplo. Agora, a ciência vem explorando a capacidade de geração de energia através do bambu.
A planta pode ser transformada em combustível através de técnicas como a fermentação e a pirólise, que convertem a matéria-prima vegetal em bioetanol, biogás e mais uma série de subprodutos. Isso seria possível graças à grande quantidade de celulose presente nas diferentes variedades do bambu — já foram identificadas mais de 1.000 espécies desta planta no mundo.
Como a composição química varia ligeiramente entre elas, Zhiwei Liang, principal autor do estudo, afirma que “pesquisas futuras devem focar em encontrar dados quantitativos que permitam selecionar aquelas mais vantajosas, minimizando o custo e o tempo necessários no pré-tratamento da biomassa.”
Para os cientistas, o bambu pode se destacar em relação a outros vegetais na produção de biocombustíveis pela sua velocidade de crescimento — ele chega a crescer cerca de 1 metro por dia. A planta pode atingir sua fase madura em até quatro meses, quando chega a uma altura de mais de 30 metros. Nesse intervalo de tempo, o bambu remove quantidades significativas de carbono da atmosfera, devolvendo oxigênio no processo.
Fonte: GCB Bioenergy via: Tech Times