sexta-feira,22 novembro, 2024

Atuação com foco no desenvolvimento do ecossistema de negócio tornou movimento sustentável ser mais rentável  

O Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS) é uma referência nacional em produção e difusão de conhecimento sobre o tema para pequenos negócios. O objetivo do centro é atuar com foco no desenvolvimento do ecossistema de negócio, a fim de demonstrar com exemplos práticos que adotar soluções sustentáveis pode ser também rentável.     

“Aqui é onde a gente produz conhecimento e difunde para os estados para que eles atendam os pequenos negócios. A produção de conhecimento aqui é vasta, muito material como cartilhas, infográficos, vídeos manuais, guias, isso tudo para subsidiar o Sebrae no atendimento ao pequeno negócio”, explica Nager Amui, analista técnico do CSS/MT.  

Nager Amui, analista técnico do CSS/MT

Segundo Nager, há 20 anos atrás o Sebrae MT já falava sobre sustentabilidade para o pequeno negócio, mas eram ações muito pontuais. Estão começaram a perceber a necessidade de se levar a sustentabilidade para o pequeno negócio, além de sintetizá-la e materializá-la para mostrar para o empresário, empreendedor, acadêmico, sociedade como um todo. 

Certificado internacionalmente para construções sustentáveis, o CSS foi inaugurado em 2010 e, através dos conteúdos educativos, apoia, atende empreendedores e fomenta o conhecimento sobre sustentabilidade voltada para negócios. Localizado em Cuiabá, o edifício contou com a classificação “Excelente” do Building Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM) In-Use, da BRE certificadora do Reino Unido.  

“O Centro foi um desafio lançado no mercado que possibilitou todo esse cenário positivo hoje. Buscamos toda essa conceituação das construções indígenas, toda sua tecnologia, seu método construtivo e transportamos para esse ambiente urbano um material diferenciado com concreto usinado. O centro teve várias características sustentáveis na construção, como trabalhar o reaproveitamento, a reciclagem, a destinação correta dos resíduos. Hoje nós somos um polo de referência em sustentabilidade para o sistema”, relata Nager.  

A inauguração do revolucionário prédio significou a abertura de infinitas portas para o cenário em que atua o Sebrae. Tornou-se energia zero em maio de 2016, fruto de uma estratégia do Sebrae MT para fomentar o uso de energias renováveis no Estado e atuar como um laboratório para os pequenos negócios.   

Uma micro usina de energia fotovoltaica que gera 45 kWp (quilowatt-pico), implantada no estacionamento local do CSS, foi o suficiente para atender 100% da demanda do local. Segundo Nager, a energia também é o fator de conhecimento mais demandado no Centro. Sendo também, uma das temáticas sustentáveis que mais contribuem positivamente e promovem retorno imediato para a população.  

“Nosso carro-chefe para o pequeno negócio é a questão de eficiência energética. Trabalha-se muito com energias renováveis, fotovoltaica. No Centro de Sustentabilidade temos duas usinas que produzem energia. Uma abastece o prédio 100%. Então levamos isso para o pequeno negócio e deu aquele boom de empresas trabalhando a energia renovável, implantando usinas de produção de energia fotovoltaica”, destaca.  

“A partir do momento que uma empresa adota a produção de uma energia renovável, ela deixa de causar impacto. Uma lavanderia que trabalha água como insumo, se ela fizer um trabalho de reaproveitamento da água, pode chegar em até 90% de reaproveitamento, olha o impacto que ela deixa de causar no meio ambiente como um todo. Esse impacto também reflete nas finanças. São exemplos práticos. O Sebrae faz o dever de casa e mostra para o pequeno negócio que é possível eles copiarem aquilo que a gente faz. Ser sustentável é ser rentável. Então o CSS é engajado no processo. Esse cenário no geral é positivo”, ressalta o analista.    

Outro ponto destacado por Nager é o método adotado pelo Sebrae para preencher todas as lacunas de conhecimento e procedimentos de soluções para negócios sobre sustentabilidade. Dando soluções assertivas e práticas testadas para a implementação da temática em qualquer unidade e segmento.   

“Temos cartilhas de licenciamento ambiental, água, energia, resíduos, destinação correta, então são materiais que qualquer tipo de negócio possa utilizar, seja comércio, indústria, serviço, agroturismo. Eles podem fazer utilização, mas a gente tem também materiais específicos. Percebemos que no atendimento do Sebrae as pessoas vêm e buscam informações para montar um negócio. Um salão de beleza, Pet Shop, então o Sebrae vai dar toda orientação para que a empresa siga aquele caminho para montar o seu negócio. O CSS já produziu materiais de modelos de negócios com todo esse passo a passo, já inseridos conceitos sustentáveis”.   

Democratizar o conhecimento foi outro ponto que discutiu a ampliação do acesso tanto à recepção quanto à emissão de conhecimento das pesquisas do CSS. Utilizando as subsedes do Sebrae como polos de distribuição e atendimento aos empreendimentos.  

“Temos agências de atendimento no interior em locais estratégicos. Tangará da Serra, Barra do Garças, Rondonópolis, Confresa, Cáceres, Lucas do Rio Verde, Sinop, Alta Floresta, que atendem aqueles municípios e todos do entorno. Temos parcerias com prefeituras nos municípios para dar suporte e levar conhecimento aos empresários. Então está tudo bem descentralizado no atendimento ao pequeno negócio”, finaliza.

José Augusto de Souza
José Augusto de Souza
Formado em Jornalismo pela Universidade de Cuiabá (Unic); Design Gráfico pela escola de efeitos visuais Gracom Cuiabá; Redes de Computadores pelo IFMT; Analista planejador de comunicação; Assessor de imprensa; Editor de conteúdo visual estático; Especialista em elaboração e manipulação de documentação e estruturas em 2D; Desenhista; Ilustrador; Escritor;

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