Resquícios coloridos e fantasmagóricos flutuam no espaço onde uma estrela massiva explodiu há 11 mil anos.
O remanescente de supernova Vela, nomeado em homenagem à constelação de Vela, é tudo o que resta depois que a estrela chegou ao fim de sua vida.
Nuvens de gás rosa e laranja marcam o local a 800 anos-luz de distância da Terra, tornando-o um dos pontos mais próximos conhecidos onde isso ocorreu. Um ano-luz é cerca de 9,7 trilhões de quilômetros.
Quando a estrela se transformou em supernova, ondas de choque se moveram através das camadas circundantes de gás liberadas por ela.
As ondas energéticas comprimiram o gás e criaram filamentos semelhantes a fios que lembram teias de aranha.
Em uma nova imagem do remanescente de supernova Vela, capturada pelo Telescópio de Pesquisa VLT (VLT Survey Telescope, em inglês) no Observatório Europeu do Sul, no Chile, os fios incandescentes de gás parecem brilhar devido ao calor das ondas de choque.
As imagens assustadoramente bonitas do local onde a estrela morreu foram apropriadamente divulgadas no Halloween, neste 31 de outubro.
Dentro do remanescente há uma densa estrela de nêutrons, ou pulsar, que gira rapidamente e libera feixes de luz como um farol celestial, mas está localizado fora da região mostrada na imagem.
Nove luas cheias podem caber na perspectiva detalhada, e a imagem reflete apenas parte da nuvem gigante.
O Observatório Europeu do Sul também compartilhou visões detalhadas de características intrigantes dentro do mosaico. Os 12 destaques ampliam diferentes aspectos das estrelas brilhantes e nuvens de gás na região.
A imagem, que contém 554 milhões de pixels, foi capturada pela OmegaCAM de campo amplo do telescópio. A câmera é capaz de capturar imagens usando vários filtros diferentes que permitem comprimentos de onda variados de luz e cores – daí as cores magenta, azul, verde e vermelho na imagem.
O Telescópio de Pesquisa VLT é um dos maiores telescópios que examina o céu noturno usando luz visível, ajudando os astrônomos a desvendar os segredos da formação e morte de estrelas.
Por: Ashley Strickland da CNN