Aconteceu em Cuiabá, na última sexta-feira (03.06), o primeiro Congresso sobre a Lei de Libras. O congresso, que ocorreu na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), teve apoio do deputado estadual Wilson Santos. O objetivo era debater e indicar a necessidade dos intérpretes de libras como ponte para a acessibilidade de pessoas surdas e o seu espaço na sociedade.
A falta de intérpretes nos espaços públicos prejudica a comunicação e exclui pessoas com deficiência auditiva desses espaços. Essa carência impossibilita que essas pessoas participem de diversos tipos de atividades sociais, educacionais, culturais e políticas, prejudicando também os avanços educacionais.
O dia da Língua Brasileira de Sinais é comemorado no dia 24.04 pois foi nessa data, no ano de 2002, que a Lei 10.436 reconheceu a língua como meio legal de comunicação e expressão. A data serve como uma forma de conscientizar sobre a importância da língua no país e reforçar sobre o quanto ainda precisa ser feito para que a acessibilidade seja alcançada e respeitada por todos.
Nos últimos anos, foram oficializadas as leis que reconhecem a Libras como a segunda língua oficial do Brasil e que previam a formação de intérpretes.
A professora da Universidade de Mato Grosso (Unemat), Priscila Moraes, relata que o congresso comemora 20 anos da lei de libras e reforça sobre a necessidade de interpretes no estado.
“O evento mostra para todos os surdos que esse é o momento de irmos em frente e lutarmos para melhorarmos as condições de acessibilidade”, declara a professora.
Priscila também reforça sobre a importância da criação de escolas bilingues que promovam a interação entre as crianças.
O Padre Wilson Czaia, o único padre surdo do país atualmente, também esteve presente. O sacerdote, que atua na arquidiocese de Curitiba no estado do Paraná, viajou até Cuiabá para participar e discursar no congresso.
Por: Victória Oliveira