De olho na regularização e iniciação do uso do 5G no Brasil, a Asia Shipping, multinacional brasileira especializada em integração de cargas, deu continuidade ao seu projeto de transporte de conversores 3G/5G para o território nacional. Desta vez, a companhia fretou um cargueiro Boeing 777 e transportou 90 toneladas de conversores.
A carga foi enviada de Shenzhen, na China, para Hong Kong, também território chinês, via caminhão. Em seguida, a mercadoria saiu de Hong Kong com destino para São Paulo através de um voo charter fretado exclusivamente para este volume de carga. Em ocasiões anteriores, a Asia Shipping já havia transportado quantidades menores desse mesmo projeto em voos cargueiros tradicionais.
“Normalmente, para transportar todo o volume do projeto seria necessário aproximadamente 7 a 10 voos, o que iria estender a operação entre 4 e 5 semanas. Anteriormente, a companhia já havia movimentado cerca de 14 toneladas de carga do mesmo projeto em voos cargueiros convencionai”, explicou Damian Morando, diretor de procurement da Asia Shipping.
De acordo com o diretor de vendas da companhia, Rafael Dantas, a prioridade nesse projeto era fugir dos gargalos logísticos existentes na aviação e garantir o maior nível de segurança para carga. “Vimos muitas vantagens em utilizar o voo charter. O cliente necessitava de um transporte rápido, eficaz e seguro. No charter, além de evitar atrasos e possuir um transit time menor, conseguimos garantir a segurança, principalmente no manuseio da carga”, destacou Dantas.
Diferente de um voo comercial, em que é alugado um espaço da aeronave para o transporte da carga, em um voo charter é realizado o frete de toda a aeronave. Apesar de parecer mais caro, a soma de vantagens dessa alternativa torna ela mais viável. “Neste sistema conseguimos diminuir muito a quantidade de processos e o número de tarifas para liberação da carga caem muito”, disse Morando.
Exportações Aéreas
Apesar de um cenário recente de baixa nas exportações aéreas, a Asia Shipping registrou um aumento de 6% em suas operações no primeiro semestre desse ano, ante o mesmo período em 2021. A empresa segue otimista e tem perspectiva de crescimento de 15% até o final do ano.
Para que esse cenário se concretize, a multinacional aposta em suas principais rotas, que tem como destino Colômbia, Equador e Chile. Juntos, esses países representam 70% das exportações aéreas, tendo como cargas mais movimentadas os produtos voltados para indústria têxtil e de calçados. Mesmo com boas expectativas, a empresa ainda enfrenta algumas dificuldades, como o aumento no preço do combustível.
Atualmente, a Asia Shipping está entre os 50 principais transportadores aéreos do mundo, ocupando o 36º lugar no ranking IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Nesta lista, os 15 primeiros colocados trabalham apenas com produtos perecíveis.
Imagem: Divulgação
Por: Mercado e Consumo