Projeções apontam que os níveis de CO2 devem subir até 1,5% em 2023, deixando as metas do Acordo de Paris cada vez mais distantes
Apesar dos alertas, o mundo deve registrar um novo recorde nos níveis de emissão de dióxido de carbono (CO2) em 2023. A previsão é que este ano também seja o mais quente já registrado, com temperaturas médias globais 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Aumento de até 1,5% nas emissões de CO2 em 2023
- Projeções apontam que os níveis de poluição por CO2 devem subir entre 0,5% e 1,5% em 2023 na comparação com o ano anterior.
- Em 2022, as emissões cresceram 0,9%, para um total de 36,8 gigatoneladas de dióxido de carbono.
- Os números alarmantes são da Agência Internacional de Energia (AIE) e devem ser discutidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28), que será realizada em dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
- As informações são da IFLScience.
Metas do Acordo de Paris estão cada vez mais distantes
O Acordo Climático de Paris, de 2015, estabeleceu planos rigorosos para limitar o aumento da temperatura média global em até 1,5°C acima da média pré-industrial. Mas os números apontam que esse objetivo está longe de ser alcançado.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Climática Cícero, as emissões globais de dióxido de carbono precisam diminuir em um ritmo pelo menos 5% ao ano, o que simplesmente não está acontecendo. A entidade alerta que a cada ano que as emissões continuam aumentando fica ainda mais difícil atingir as metas de Paris, o que também acentua os impactos da crise climática no planeta.
Os relatórios da Agência Internacional de Energia (AIE) apontam o aumento da produção de energias renováveis, mas alertam que os combustíveis fósseis continuam sendo amplamente utilizados e que provavelmente atingirão o pico nesta década.
Além disso, alerta que os governos ainda estão fazendo muito pouco para apoiar uma verdadeira transição para a energia limpa. O relatório “Orçamento Global de Carbono”, com números consolidados, será publicado em dezembro deste ano.
Texto: Alessandro Di Lorenzo