A Apple anunciou um próximo recurso de conectividade via satélite chamado Emergency SOS via Satellite em seu evento de lançamento do iPhone 14. A ferramenta destina-se a ajudar as pessoas que usam os telefones de última geração da empresa a se comunicarem quando o serviço de celular não estiver funcionando – um processo que a Apple disse que levou anos para se tornar realidade.
A empresa disse que projetou e construiu uma tecnologia específica em dispositivos iPhone 14 para que eles possam se conectar a satélites mesmo quando não estiverem perto de uma torre.
Espera-se que o serviço seja lançado em novembro nos Estados Unidos e no Canadá. O iPhone 14 começará as pré-vendas nesta sexta-feira (9) e vem com um preço inicial de US$ 799, anunciou a Apple nestaa quarta-feira (7) em seu chamativo evento anual.
“Ao contrário das torres de celular estacionárias, os satélites de comunicação estão a centenas de quilômetros acima da Terra e voando a mais de 24 mil quilômetros por hora. Para se conectar a esses satélites, você precisa estar do lado de fora com uma visão clara do céu. E a largura de banda é tão limitada que até mesmo enviar uma mensagem de texto é um desafio técnico”, disse Williams. “Normalmente, a única maneira de acessar essa rede é com um dispositivo caro que usa uma antena externa volumosa.”
“Sabíamos que essa abordagem não funcionaria para o iPhone”, acrescentou. “Então, inventamos outra maneira.”
O iPhone 14 terá a antena embutida necessária para se comunicar com satélites – e não se parecerá em nada com os volumosos telefones via satélite dos anos anteriores.
O telefone virá equipado com um software que mostrará aos usuários para onde apontar seus telefones para se conectar a um satélite quando não houver outras opções de serviço disponíveis. Uma vez conectados, os telefones poderão enviar e receber informações para obter ajuda de emergência, de acordo com Ashley Williams, especialista em satélites da Apple, que falou durante o evento.
A empresa disse que criou um mecanismo de compactação de texto curto para condensar mensagens de modo que levem cerca de 15 segundos para serem enviadas se o usuário tiver uma visão clara do céu. (Pode demorar alguns minutos a mais se algo como folhagem estiver no caminho.)
O serviço funcionará para comunicação baseada em texto, disse ela, e pode ser usado para se comunicar com centros de emergência que só aceitam chamadas de voz porque a Apple configurou “centros de retransmissão” para transmitir o texto.
A ferramenta também pode ser usada em situações não emergenciais, como quando um usuário sai para uma longa caminhada e deseja manter sua família atualizada sobre seu paradeiro.
O serviço será oferecido gratuitamente por dois anos com a compra do iPhone 14, de acordo com o vice-presidente de marketing do iPhone da Apple, Kaiann Drance. Ela não revelou quanto custará o serviço depois disso.
Adicionar serviço de satélite a novos iPhones “deve dominar as manchetes”, de acordo com Ben Wood, analista-chefe da CCS Insight.
“O investimento para adicionar capacidade de satélite não deve ser subestimado. A Apple provavelmente levará anos para colocar todas as peças do quebra-cabeça no lugar, incluindo um acordo comercial com o provedor de satélite Globalstar e a criação da infraestrutura necessária para passar mensagens para os serviços de emergência”, disse Wood.
A Globalstar confirmou em um documento financeiro que é a contratada para este projeto. A Apple não respondeu imediatamente a uma solicitação de e-mail para obter informações adicionais.
Mas a notícia, com data de lançamento prevista para apenas no próximo mês, vem depois que a T-Mobile anunciou planos semelhantes para “eliminar zonas mortas” usando novos satélites SpaceX Starlink para serviço de backup.
Foi comercializado como um movimento para fornecer serviço completo de internet de alta velocidade nas zonas mortas. O lançamento desse serviço não é esperado antes do final do próximo ano, embora a T-Mobile tenha dito que, uma vez lançado, deve funcionar com os telefones existentes dos clientes.
Por: Jackie Wattles e Samantha Murphy Kellydo CNN Business