Quatro alunas fenomenais do time Young Inventors, equipe de robótica do Sesi Escola Várzea Grande, estão em Goiás em busca do pódio na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Após se destacarem com o 1º lugar na fase estadual, elas seguem animadas para mais uma disputa eletrizante. A equipe compete entre esta terça-feira (11.11) e domingo (17.11), na modalidade de resgate.
Para essa categoria, as alunas criaram um robô autônomo capaz de resgatar vítimas em um ambiente de desastre, enfrentando todos os perigos do caminho sem intervenção humana. Ganha a prova quem superar mais obstáculos, conquistar mais pontos e concluir o circuito no menor tempo possível, considerando o limite de seis minutos da competição.
Com o objetivo de atender a todas as exigências, o time investiu em inovação. “As principais inovações estão no sistema de engrenagem, localizado na traseira do robô, que se conecta à esteira para dar mais precisão às tarefas,” explica a aluna Maria Fernanda, do 8º ano do ensino fundamental.
Outra inovação da máquina são os três sensores ultrassônicos acoplados na frente do robô, projetados para identificar obstáculos e as paredes da arena de resgate. Essas melhorias foram implementadas após a etapa regional da disputa, realizada em setembro em Lucas do Rio Verde. “Nossa equipe identificou diversos pontos de melhoria nas programações. A partir disso, adicionamos o controle P.I.D. e agora estamos prontas,” afirma Carolina de Freitas, também do 8º ano.
Depois de vencer a fase regional, as meninas não pararam mais. Elas participaram de outras competições, como a Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (MECTI), para ganhar mais experiência e se preparar para a etapa nacional. “Depois da MECTI, começamos a nos preparar para a OBR com treinos específicos. Conseguimos conciliar a olimpíada, nosso torneio interno de robótica e as aulas regulares. Agora, seguimos com os treinos aqui enquanto aguardamos o início da competição,” destaca Gisele Moraes Reis, do 7º ano.
Alice Kallyta Ferreira, do 8º ano, é apaixonada por robótica e não esconde a emoção de ser protagonista dessa nova página de sua vida. “Participar do torneio nacional pela primeira vez traz uma mistura de entusiasmo e nervosismo para nós. A expectativa é aprender, se inspirar em outras equipes e mostrar todo o trabalho realizado. Independentemente do resultado, esta será uma oportunidade de crescimento e diversão,” diz.
A olimpíada ocorre durante o maior evento derobótica e inteligência artificial da América Latina: o Robótica 2024, realizado no Centro de Convenções de Goiânia, em Goiás. A iniciativa reúne mais dedois mil estudantes e pesquisadores, que vão participar das três competições que compõemo “Robótica”: a Competição Brasileira de Robótica Petrobras, a Mostra Nacional deRobótica e a Olimpíada Brasileira de Robótica, além de congressos e workshops.
O Robótica 2024 é promovido pela RoboCup Brasil com organização daUniversidade Federal de Goiás e do Centro de Competência em TecnologiasImersivas (Akcit UFG), e patrocínio do governo de Goiás.
Feliz com a performance das alunas, o professor de robótica do Sesi Escola, Robson Correia, entende que participação delas neste evento prepara elas para um futuro profissional nas áreas científico-tecnológicas, aprimorando os talentos e promovendo debates, além de atualizações no processo de ensino-aprendizagem. “O Sesi é referência em educação científico-tecnológica, e participar da olimpíada reforça o compromisso da escola coma uma educação de qualidade aos discentes,” afirma o professor
A OBR
A OBR é destinada a estudantes brasileiros de 6 a 19 anos, matriculados em escolas públicas ou privadas do ensino fundamental, médio ou técnico. A competição começa na etapa estadual ou regional, e os alunos com melhor desempenho avançam para a etapa nacional, podendo concorrer a uma vaga na etapa mundial.
A olimpíada inclui uma prova teórica e atividades práticas com robôs. A etapa teórica ocorreu em agosto, dividida em duas fases. Os alunos com melhor desempenho na fase 1 avançaram para a fase 2. Os aprovados na fase 2 participaram das atividades práticas em setembro, e os classificados seguiram para a última etapa, que é a nacional.”Ao terem um bom desempenho nesta última fase, os participantes selecionados podem concorrer a bolsas de estudo, prêmios e até mesmo a uma vaga na etapa mundial da competição”, acrescenta Robson.
Texto: Fernanda Nazário