Alga tóxica pode ameaçar vida da fauna e flora de ambientes aquáticos e causar prejuízos econômicos e sociais
O potencial de invasão de algumas algas tóxicas pode ser ainda maior do que se imaginava. Isso é o que indica uma nova pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que estuda o potencial de uma espécie específica dominar um ambiente. Ela foi registrada em regiões como a América do Norte, Europa e Austrália, além do Brasil, e pode matar peixes e causar prejuízos econômicos.
Potencial de invasão da alga tóxica
De acordo com a pesquisa, publica na revista científica Harmful Algae, os ecossistemas de água doce enfrentam problemas causados pela proliferação de algas nocivas.
É o caso da Prymnesium parvum ou “alga dourada”, que inclusive já foi identificada no Brasil. Ela é chamada assim devido a pigmentos que permitem o movimento e auxiliam na absorção de nutrientes.
O estudo analisou o risco de invasão dessa espécie em reservatórios de diferentes partes do mundo: América do Norte, Europa e Austrália.
Quais os riscos?
- O estudo alertou que o potencial de invasão da alga analisada é maior do que se imaginava e vai além das áreas estudadas.
- Segundo os pesquisadores, isso é preocupante porque a espécie pode colonizar águas da região em que ainda não estão presentes.
- Eles também explicam que a alga invasora é altamente tolerante às variações de salinidade e temperatura da água, podendo prosperar em diversos locais.
- Não está claro como as algas se espalharam da forma que fizeram (a principal hipóteses é através da água de lastro não tratada).
O que fazer com as algas?
O estudo em questão tem como foco alertar tomadores de decisão, como órgãos ambientais dos países em que se têm registro da espécie, para que possam se prevenir.
Além disso, a comunidade que usa água vinda de reservatórios também deve se atentar, principalmente durante períodos de estiagem, quando as algas aumentam a toxicidade devido ao aumento da salinidade.
No Brasil, a espécie já foi registrada e pode ameaçar a vida de peixes e outras espécies, além de causar prejuízos econômicos e sociais.
Texto: Vitoria Lopez Gomez