segunda-feira,23 setembro, 2024

Agronegócio é o setor com maior nível de especialização dentro do BV

Muitas variáveis influenciam a performance do agronegócio. Ainda assim, a lucratividade chega com maior facilidade ao setor se times especializados dão suporte às suas necessidades de financiamento da safra. Mais ainda, as margens do segmento se tornam maiores quando a tecnologia ajuda a estruturar ágeis operações financeiras. Atento a essa realidade, o BV montou em 2018 uma área dedicada a esse setor estratégico para a economia brasileira, usando uma combinação de conhecimento técnico, atendimento personalizado e inovação para apoiar diferentes elos da cadeia produtiva do segmento.

“Embora a área seja relativamente recente, o banco atua no agronegócio há muitos anos. Hoje, o setor tem uma participação representativa de 25% da carteira de crédito do Atacado”, explica Gustavo Pinori, Superintendente Comercial do Corporate no BV. “Pretendemos subir esse percentual e, para chegar lá, continuaremos investindo nessa receita, que nos possibilita criar produtos diferenciados. Posso dizer que, hoje, o agronegócio é o setor em que temos o maior nível de especialização dentro do banco”, completa.

Para tornar mais tangível essa infraestrutura dedicada ao agronegócio, Pinori revela que o BV tem times de produtos e de crédito específicos. “Temos equipes de analistas de crédito especializadas, inclusive com segmentação por culturas e cooperativas, por exemplo. Contamos também com times de produtos para moeda local e estrangeira”, comenta.

“Para nós, o foco no cliente é o que nos diferencia no mercado. Mais ainda, é o que nos permite ser mais criativos e agregar valor lá na ponta. Hoje, mesmo sem ter bankers em todos os estados brasileiros, atendemos a clientes do agronegócio no Brasil todo.”

Tecnologia

Hoje, a carteira de Agro do BV contempla empresas de diferentes portes. Entretanto, Pinori conta que, até 2020, o banco atendia apenas companhias com faturamento anual superior a R$ 300 milhões, cenário que mudou com maior investimento na estrutura citada acima. “Na nossa estratégia atual, passamos a atender também ao cliente que fatura a partir de R$ 10 milhões por ano. Montamos, de fato, uma estrutura farm to table”, explica.

Quando usa essa expressão, o executivo quer dizer que, mesmo não atendendo diretamente a produtores rurais de pequeno porte, consegue fazer com que recursos cheguem até eles. “São eles que, de fato, são mais carentes de crédito. E só conseguimos entregar recursos lá na ponta por meio de produtos com grande capilaridade e, claro, inteligência de mercado, inovação e parceria com empresas de tecnologia”, explica.

Esse ecossistema é formado por bureaux de crédito, fintechs e agritechs, que não só auxiliam para deixar o processo de análise de crédito mais ágil, como levam de fato os recursos lá na ponta. “Ou seja, mesmo sem atender diretamente a pequenos produtores, levamos recursos lá na ponta a partir desse ecossistema de parceiros. Em muitos casos, tudo é integrado ao ERP do agricultor, com agilidade absurda para concluir a operação”, acrescenta Pinori.

Essa informação é importante, visto que o agronegócio é bastante diverso e pulverizado, além de potente. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP), em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o PIB do agronegócio nacional cresceu 8,3% em 2021, encerrando o ano com participação de 27,4% no PIB nacional, a maior taxa desde 2004.

Os segmentos primário e de insumos se destacaram em 2021, com aumentos de 17,52% e 52,63%, respectivamente. O PIB também cresceu para os outros dois segmentos, sendo 1,63% para a agroindústria e 2,56% para os agrosserviços. “Isso vem se refletindo diretamente nos balanços dos bancos de forma consolidada”, acrescenta Pinori.

Para atender à crescente demanda de empresas do agronegócio, o BV conta com um portfólio completo de produtos financeiros, que inclui operações de crédito (como CPR, CDCA, etc), mesa de derivativos, câmbio e sales finance.

Segundo o executivo, são operações que atendem às demandas dos clientes para capital de giro, mas há outras possibilidades importantes para esse público. “Somos muito ativos em emissões de mercado de capitais dentro do setor, com destaque para as primeiras operações de companhias que não acessavam esse bolso de investidores de mercado”, completa.

“Lá na frente, pode-se também montar estruturas de Fiagros e FIDCs para esses clientes, o que acaba se transformando em um canal importante para eles, porque garante uma perenidade maior para o setor, com prazos mais longos para ele se financiar”, finaliza Pinori.

Fonte: Época Negócios

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