Nesta edição de setembro, a equipe da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que a agricultura digital já é realidade – e quem a utiliza tem vantagem competitiva. A equipe também avaliou os desafios e as oportunidades dessas tecnologias para o setor hortifrutícola.
A Agricultura Digital pode auxiliar na eficiência operacional na propriedade, na gestão e em outros fatores, como a sustentabilidade. No primeiro ponto, um exemplo é o uso de drones em substituição à pulverização tradicional ou por aeronaves. Isso já vem sendo usado no Vale do Ribeira (SP), região em que o uso da pulverização aérea é limitado. Inclusive, tecnologias para aplicação de defensivos são as que mais têm evoluído – estão à disposição do produtor equipamentos e sensores no trator para que se possa medir o fluxo da calda, regular a velocidade da máquina e a pressão do pulverizador.
A gestão da propriedade também pode avançar mais por meio da Agricultura Digital, à medida que algumas ferramentas facilitam a coleta e a análise de dados. Produtores têm à disposição softwares para obtenção de informações e planejamento das atividades, compra e venda de insumos, de produtos e da produção, previsão climática, estimativas de produção e/ou produtividade e detecção e/ou controle de pragas e plantas daninhas.
Também se verificam avanços visando a sustentabilidade, como a oferta de agrobiológicos para o controle fitossanitário da propriedade (biopesticida, bio-herbicida, bioinseticida e bionutrientes) – muitos destes produtos já estão à disposição do setor e outras opções estão em testes.
No setor de hortifrúti, uma inovação bastante conhecida e já difundida é o comércio eletrônico, mas a agricultura urbana, hortas verticais, mercado de créditos de carbono, fazendas produtoras de energia limpa, financiamento coletivo, entre outros, são novas opções já à disposição da cadeia.
Ainda que a Agricultura Digital possa promover diversas facilidades, agentes do setor de HF como um todo precisam mobilizar os setores acadêmico, de serviços, de produção/comércio e consultores a dedicarem mais esforços para que essa nova era avance mais rápido na cadeia.
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Fonte: CEPEA